27 novembro 2008

EDUCAÇÃO - novas escolhas!

A guerra no sector público da educação está a endurecer. O caso está a tornar-se tão agudo que até (não sei se a propósito) Vital Moreira já escreveu que o melhor é pensar em acabar com os serviços públicos. (A descrença que por aí vai…)

Os problemas da educação têm muitos responsáveis. De um lado os políticos, do outro, os professores e as respectivas organizações representativas. Entre os dois lados, as Associações de pais e os filhos (alunos).

Coloco aqui o Quadro de Honra dos políticos que nas últimas décadas lideraram a Educação e que, por uma ou outra razão, acabaram por ir embora sem honra nem glória pública.

Uma vez que tão elevado número de personalidades, muitas de reconhecido mérito, não foram capazes de elevar o ainda Sector Público da Educação para níveis de eficácia e eficiência aceitáveis, porque não tentar uma outra via de escolha dos respectivos titulares do ministério?

Por exemplo, nomear o Presidente da FNE para Ministro da Educação; o Presidente da Associação de Pais para Secretário de Estado Adjunto e o Presidente do SINAPE para Secretário de Estado da Educação.

A sobrevivência dos sistemas passa por absorver os que se lhe opõem. Porque não aplicar a receita na Educação?

3 comentários:

Primo de Amarante disse...

E o que dizer sobre isto:
Deputados a professor titular!!!


Retirado da Ordem Trabalhos hoje ME / Plataforma:

Ponto 8. Acesso à categoria de Professor Titular para os Professores
em exercício de funções ou actividades de interesse público,
designadamente, enquanto Deputados à Assembleia da República
e ao Parlamento Europeu, Autarcas, Dirigentes da Administração Pública,
Dirigentes de Associações Sindicais e Profissionais.

Agora é que não percebo nada!
Mas agora já se pode 'atingir o topo'... mesmo estando 'fora' da escola?

Todas as mudanças que o ME quis fazer não foi para acabar com 'isso'?

Não ia ser titular apenas quem provasse, 'no terreno', a sua excelência?

Dizem uma coisa, fazem outra... a toda a hora!

Depois de se terem 'esquecido' dos que antes estiveram nessas funções, no primeiro concurso....: mais um concurso extraordinário? ou só conta daqui para a frente.

E os «tristes» que ficaram para trás?
Tem que ser o tribunal a dar-lhes razão? E mais esta:

O novo 4º escalão será, provavelmente, para os 'Professores-titulares-avaliadores'.

Deste modo, cria-se um 'estatuto' diferente para quem é avaliador e foge-se às incompatibilidades de avaliador e avaliado concorrerem às mesmas cotas.

Quantos chegaram a titular por haver uma vaga na escola e não haver mais ninguém a concorrer! No entanto, escolas houve em que colegas com quase o dobro dos pontos não acederam a PT porque não havia vaga!

Há maior injustiça do que esta peça monstruosamente montada e maquiavelicamente posta em prática, que é a dos professores titulares.

Esta proposta será inaceitável?

Esta é das respostas mais repugnantes jamais feitas por um governo.

Oferecem-se tachos a boys e girls das direcções gerais dos vários ministérios, e surge uma tentativa de oferecer aos professores avaliadores um 'acesso' ao 4º escalão de titular.

Está-se mesmo a ver a competência que dá este 2"arranginho"!

JSC disse...

Meu Caro
Ao que julgo saber essa coisa não é nova. Desde sempre que os senhores deputados. desde que tenham lugares de quadro na administração pública, mantêm os seus direitos e podem concorrer a todos os concursos de promoção na carreira, sejam professores ou não.

Primo de Amarante disse...

Pois é! Mas é triste! Por que é que aos polícias que servem o "interesse público" não lhes acontece o mesmo?!...Muitos deles acabam os seus cursos durante o exercício das suas funções!