Manoel de Oliveira faz hoje cem anos. É fantástico! Ver um homem, qualquer que ele seja, chegar aos cem anos é sempre extraordinário, mas ver alguém consegui-lo, mantendo todas as suas faculdades, uma energia inesgotável e uma interminável vontade de trabalhar é absolutamente fabuloso.
Oliveira comemora cem anos a filmar “Singularidades duma rapariga loira”, uma adaptação de um conto de Eça de Queiroz. E há mais projectos em carteira. Como se o mundo não acabasse nunca para si. Pelo menos a vontade de viver não cessa, o que é de aplaudir. Como há 66 anos, quando filmou “Aniki Bobó”, a sua primeira longa-metragem.
O nome de Oliveira é hoje reverenciado um pouco por todo o mundo. Os elogios vêm de todo o lado. Pela obra, pela singularidade, pela energia, pela arte que sai da sua câmara de filmar. Oliveira faz cem anos e Portugal deve-lhe uma homenagem sentida. Até pelo incentivo que o seu exemplo pode constituir para os menos novos.
Podemos discutir a sua obra, podemos gostar mais ou menos dos seus filmes, mas quem venceu os mais importantes prémios do cinema europeu, quem teve como protagonistas dos seus filmes actores como Deneuve, Mastrioanni ou Malkovich, para além de alguns dos melhores intérpretes portugueses, terá sempre um lugar ímpar na nossa cinematografia.
Ao fim de cem anos, só falta a reconciliação com a sua cidade. Oliveira negou receber as Chaves da Cidade, porque diz que não foi ouvido pela autarquia. Creio, no entanto, que o arrastado folhetim da Casa-Museu que deveria ter o seu nome, um edifício construído e desocupado há vários anos, onde aliás Oliveira nunca entrou, contribuiu sobremaneira para essa atitude. Será que Rui Rio vai desaproveitar mais uma das suas bandeiras internacionais?
Oliveira comemora cem anos a filmar “Singularidades duma rapariga loira”, uma adaptação de um conto de Eça de Queiroz. E há mais projectos em carteira. Como se o mundo não acabasse nunca para si. Pelo menos a vontade de viver não cessa, o que é de aplaudir. Como há 66 anos, quando filmou “Aniki Bobó”, a sua primeira longa-metragem.
O nome de Oliveira é hoje reverenciado um pouco por todo o mundo. Os elogios vêm de todo o lado. Pela obra, pela singularidade, pela energia, pela arte que sai da sua câmara de filmar. Oliveira faz cem anos e Portugal deve-lhe uma homenagem sentida. Até pelo incentivo que o seu exemplo pode constituir para os menos novos.
Podemos discutir a sua obra, podemos gostar mais ou menos dos seus filmes, mas quem venceu os mais importantes prémios do cinema europeu, quem teve como protagonistas dos seus filmes actores como Deneuve, Mastrioanni ou Malkovich, para além de alguns dos melhores intérpretes portugueses, terá sempre um lugar ímpar na nossa cinematografia.
Ao fim de cem anos, só falta a reconciliação com a sua cidade. Oliveira negou receber as Chaves da Cidade, porque diz que não foi ouvido pela autarquia. Creio, no entanto, que o arrastado folhetim da Casa-Museu que deveria ter o seu nome, um edifício construído e desocupado há vários anos, onde aliás Oliveira nunca entrou, contribuiu sobremaneira para essa atitude. Será que Rui Rio vai desaproveitar mais uma das suas bandeiras internacionais?
1 comentário:
A longevidade de Manuel de Oliveira e a sua capacidade de criação e produção dá para reflectir. Li algures que cada um tem a velhice que constrói. Assim sendo, ele tem sido um óptimo empreiteiro da vida, da sua vida.
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