Enquanto a crise económica e financeira avança a passos largos nós continuamos neste cantinho chamado Portugal concentrados nas notícias que vão saindo de uma forma sistemática e nada inocente sobre o caso Freeport . Ouvimos a mesma notícia vezes sem conta, analisada por todo o tipo de comentadores (só faltam os desportivos), dissecada ao pormenor, com informações por vezes distorcidas e incompletas e sobretudo, sempre a aparecerem novos dados que mais não são que os dados antigos com nova roupagem. Aconselhava o mínimo bom senso que, depois de publicadas as notícias, e mesmo depois de algum aparato compreensível, se deixasse a justiça funcionar, mesmo que não se acredite muito na sua eficácia. Parece que a presunção de inocência só existe no papel. De qualquer forma, o que se está a fazer é um linchamento público que só serve interesses partidários e nada mais. Ao país não serve de certeza. Precisamos de um primeiro-ministro concentrado naquilo que deveria ser essencial neste momento: o combate à crise. E isso não está notoriamente a acontecer, o que é natural, já que está a ser metralhado por notícias todos os dias e em todos os meios de comunicação social.
Decididamente Portugal não está com muita sorte. Tínhamos que ter eleições num ano em que a crise económica e financeira se desenvolve com toda a força pelo mundo fora!... Não prevejo nada de bom para o nosso futuro próximo.
29 janeiro 2009
Cantando e rindo...
Marcadores: O meu olhar, política
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1 comentário:
Sobre o tema principal deste texto nada tenho a acrescentar ao que já escrevi abaixo e em dois posts distintos.
Relembro apenas que estamos a assistir a algo que vem de fora e não da oposição ao actual governo.
Todavia, sobre a questão das eleições ocorrerem em época de crise convirá dizer que a culpa não é da crise nem do calendário. Há eleições que surgem num determinado contexto para o qual o governo e as oposições deveriam ter respostas, propostas (e no caso do 1º medidas úteis e atempadas). A política é assim. Se a situação fosse boa ou óptima quem é que beneficiava? Sendo a que é há que pedir aos candidatos responsabilidade,
Portugal não pode culpar a crise mas apenas quem a não sabe, não quer ou não tem condições políticas de a combater. Ou seja: não é uma questão (subjectiva) de sorte mas apenas de (objectiva) de competencia.
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