Bastou uma semana para a Standard & Poor´s ter alterado o seu posicionamento acerca do risco da dívida do Estado. Há uma semana anunciou que a dívida estava sob vigilância negativa. Hoje reduziu o rating atribuído a Portugal, o que significa atribuir maior risco e, consequentemente, maior custo de financiamento do Estado e das Empresas.
Apesar de ser aceite por todos que as medidas de combate à crise contribuirão para agravar significativamente o défice público, não deixa de ser estranho que, no prazo de uma semana, a Standard & Poor’s tivesse descoberto que essas medidas eram gravosas e que as reformas estruturais foram insuficientes, a ponto de ter de alterar, para baixo, a classificação atribuída a Portugal,
Na altura houve quem desqualificasse a Standard & Poor’s porque estas entidades são co-responsáveis pela falha na supervisão no sistema financeiro. Apesar disso mantêm-se e os seus pareceres podem produzir efeitos bem gravosos para os países.
Apesar da credibilidade afectada destas entidades, parece que não se pode imputar apenas à crise mundial a queda do rating. De facto, foram tomadas medidas de apoio ao sistema financeiro, designadamente ao BPP, que vão contribuir para o aumento da dívida. Acresce que se mantêm opções de grandes obras públicas que não deixarão de contribuir para o avolumar do défice. São estas opções que devem ser reavaliadas e reformuladas.
Também me parece estranho que a Standard & Poor’s não valorize a consolidação orçamental conseguida pelo Governo em anos anteriores. Ou seja, se o governo não tem reduzido o défice público nos últimos anos, então, que rating atribuiria a Standard & Poor’s a Portugal? Provavelmente anulava o rating, significando risco máximo ou o alerta: não emprestem dinheiro àquela gente porque não têm condições de pagar.
O que é que a celeridade na mudança de atitude da Standard & Poor’s nos mostra? Primeiro, que a crise ainda não bateu no fundo. O pior ainda vem aí e o mais embaraçoso é que ninguém conhece ou conseguir antever a dimensão da crise; Segundo, o espaço de actuação que o Governo tem hoje deve-se, em absoluto, ao trabalho de consolidação orçamental levado a cabo nos anos anteriores, com os sacrifícios que foram exigidos aos portugueses contribuintes; Terceiros, os tempos mais próximos não serão os mais apropriados para grandes reivindicações e exigências ao erário público; Quarto, é tempo dos portugueses começarem a fazer pela vida porque o subsídio e a casa paga pelo Estado (central ou local) pode falhar de um dia para o outro.
Apesar de ser aceite por todos que as medidas de combate à crise contribuirão para agravar significativamente o défice público, não deixa de ser estranho que, no prazo de uma semana, a Standard & Poor’s tivesse descoberto que essas medidas eram gravosas e que as reformas estruturais foram insuficientes, a ponto de ter de alterar, para baixo, a classificação atribuída a Portugal,
Na altura houve quem desqualificasse a Standard & Poor’s porque estas entidades são co-responsáveis pela falha na supervisão no sistema financeiro. Apesar disso mantêm-se e os seus pareceres podem produzir efeitos bem gravosos para os países.
Apesar da credibilidade afectada destas entidades, parece que não se pode imputar apenas à crise mundial a queda do rating. De facto, foram tomadas medidas de apoio ao sistema financeiro, designadamente ao BPP, que vão contribuir para o aumento da dívida. Acresce que se mantêm opções de grandes obras públicas que não deixarão de contribuir para o avolumar do défice. São estas opções que devem ser reavaliadas e reformuladas.
Também me parece estranho que a Standard & Poor’s não valorize a consolidação orçamental conseguida pelo Governo em anos anteriores. Ou seja, se o governo não tem reduzido o défice público nos últimos anos, então, que rating atribuiria a Standard & Poor’s a Portugal? Provavelmente anulava o rating, significando risco máximo ou o alerta: não emprestem dinheiro àquela gente porque não têm condições de pagar.
O que é que a celeridade na mudança de atitude da Standard & Poor’s nos mostra? Primeiro, que a crise ainda não bateu no fundo. O pior ainda vem aí e o mais embaraçoso é que ninguém conhece ou conseguir antever a dimensão da crise; Segundo, o espaço de actuação que o Governo tem hoje deve-se, em absoluto, ao trabalho de consolidação orçamental levado a cabo nos anos anteriores, com os sacrifícios que foram exigidos aos portugueses contribuintes; Terceiros, os tempos mais próximos não serão os mais apropriados para grandes reivindicações e exigências ao erário público; Quarto, é tempo dos portugueses começarem a fazer pela vida porque o subsídio e a casa paga pelo Estado (central ou local) pode falhar de um dia para o outro.
2 comentários:
Bem visto e, se me permite, acrescento um aspecto: os responsaveis pela actual crise continuam a ser ouvidos, ou a apresentar livros ou a discursarem em conferencias organizadas com "especialistas da área", como se ainda tivessem alguma credibilidade.
Cumprimentos.
Num post que em tempos coloquei no blog - http://incursoes.blogspot.com/2008/10/crise-polticos-administradores.html
- abordava essa questão, que tem sido tratada aqui e ali, mas sem o relevo e atenção que deveria ter. De facto é absurdo que as multinacionais da auditoria e auditores externos, que durante anos avalizaram a gestão e as contas da banca e de outras entidades financeiras, não só não lhes seja, agora, imputada qualquer responsabilidade como ainda continuem a facturar com os pedidos de pareceres para a resolução da crise, que essas entidades ajudaram a crescer.
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