06 janeiro 2009

UMA QUESTÃO DE VALORES

Enquanto na Palestina prossegue a limpeza, para já, limitada à faixa de Gaza, que inclui residências paroquias e escolas da ONU, por cá mantém-se a brandura do costume, o que nos torna um dos povos mais felizes, em plena crise global.

Os jornais de hoje noticiam, candidamente, que, algures em Vila Real, um imprudente dirigente desportivo foi apanhado a corromper um não menos imprudente árbitro. O valor do envelope era de uns escassos 250 euros. Contudo, como alguém dizia, na rádio, “corrupção é corrupção e esta não se mede pelo valor do cheque”.

Como estamos no início do ano é tempo para se perspectivar os dias que se seguem. Fazem-se inventários sobre tudo e mais alguma coisa. O que até é bom, para nos trazer à memória o que já estava esquecido. O DN de hoje escolheu os processos que envolvem diversos políticos nacionais e locais. Interroga-se sobre o efeito dos mesmos em ano de eleições. Por sua vez, o PGR afiança que as eleições não congelarão os ditos processos.

Alguns são casos que se vão arrastando, ano após ano, até que o cansaço os mate. Curiosa é a conclusão do sociólogo que o DN ouviu (nestas coisas convém ouvir sempre um sociólogo), diz ele, “os cidadãos publicamente assumem uma posição, mas no segredo do voto acabam por decidir de outra forma”. Que é como quem diz, os portugueses, no momento de escolher em quem votam, estão-se nas tintas para a seriedade do político que escolhem. Um povo assim, só pode ser um povo feliz (esta conclusão é minha).

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