05 fevereiro 2009

A caminho de Damasco


Acontece a quem não está atento, não reconhece a diferença, não tolera a diversidade.

Quando encontra a verdade, cai do cavalo, dá com a cara no chão, vê estrelas, perde a visão, tem necessidade de redescobrir a comunidade e aprender tudo de novo.

Assim começou o processo da chamada Conversão de S. Paulo, a caminho de Damasco.

Ia a pé, como a pé foram todas as suas viagens.

Mas a queda do cavalo é uma imagem mais adequada e expressiva na obra de Caravaggio.

1 comentário:

M.C.R. disse...

E como o meu prezado amigo sabe a Igreja priveligiou sempre a grande pintura e os grandes pintores para ilustrar nos murros dos seus templos a História Sacra.
Saulo iria a pé, coisa que se presume mais do que realmente se sabe de ciencia certa, ainda que eu não discuta o meio de locomoção mas a Igreja com a sageza de muitos anos de apostolado pagou ao pintor essa admirável alegoria.
todavia, como o meu prezado amigo tambem sabe, há muito que a Estrada de Damasco passou do domínio do Novo Testamento para essoutro mais geral da citação. E ainda bem porque assim se pode filiar a actual civilização europeia na raiz forte do cristianiismo. Não que seja por via de uam citação, claro, mas pelo que ela implica. Os subterrâneos do pensamento alimentam-se de águas fundas, não lhe parece?