13 julho 2004

Noronha do Nascimento responde...

... hoje, no Público, ao Bastonário.

4 comentários:

Gomez disse...

Hoje, no "DN" (pp.1-5), são lançadas, uma vez mais, fundadas dúvidas sobre como se "fabricam" Conselheiros e para quê. Convém não esquecer que o alegado método de fabrico, a corresponder à realidade, poderá condicionar também o desempenho de alguns Desembargadores. Sobre estas dúvidas que abalam a credibilidade do poder judicial, último bastião da confiança dos cidadãos no regime a que temos direito, o Senhor Conselheiro Noronha do Nascimento, instado a prestar esclarecimentos, terá alegado não ser o momento oportuno para o fazer. Parece preferir ocupar o seu tempo em jogos florais com o Senhor Bastonário da OA, repisando, ambos, muitas picardias e alguns (poucos) argumentos estafados. São prioridades... Voltando ao "DN" de hoje, fico a cogitar, com acrescidos argumentos, se a insistência do Senhor Conselheiro na criação de Defensores Públicos, não radicará na tentação de submeter ao mesmo insidioso domínio operadores cuja independência o actual "sistema" ainda não permite tentar controlar.

josé disse...

O senhor COnselheiro viciou-se no poder de corredor...

Lembra-me o Cardeal Mazzarin que escreveu um livro intitulado Breviário dos Políticos.


Temas do livro:

Primeira Parte Conhece-te a ti mesmo
E conhece os outros
Segunda Parte
Os Homens em Sociedade
Obter o favor de outrem
Os amigos dos outros
Boa reputação
Os afazeres
Ler, escrever Os benefícios
Solicitar
Aconselhar
Cardeal Mazarin
Não se deixar surpreender
A boa saúde
Ódios e rancores
Os segredos
As intenções
Jamais ofender
Incitar à ação
A sabedoria
Agir com prudência
Os inoportunos
A conversação
Os gracejos
Evitar as armadilhas
O dinheiro: ganhá-lo e guardá-lo
As honrarias
As solicitações
A simulação dos sentimentos
Festas e ágapes
Limitar os desperdícios
As inovações
Sair de apuros
Dissimular seus erros
Excitar o ódio contra um adversário
Pôr fim a uma amizade
O elogio de outrem
Impedir alguém de recusar um cargo
Conter sua cólera
Fugir
Punir
Pôr fim a uma sedição
Escutar e pronunciar justos louvores
Conservar sua serenidade
Desprezar os ataques verbais
A habilidade nas palavras
Desviar as suspeitas
Desembaraçar-se de um adversário
Em viagem
Não correr atrás das satisfações do
amor-próprio
Criticar, repreender Dissimular seus sentimentos
Emprestar
Saber a verdade
Acusar
Ser acusado
Viagens à província ou ao estrangeiro
Os livros teóricos
AXIOMAS
EM RESUMO
Simula, dissimula
Não confies em ninguém
Fala bem de todo o mundo
Reflete antes de agir

Manuel disse...

Santo Deus,

Como invejo a refinada ironia que paira por estas bandas... nem eu era capaz para realçar o tema de capa do DN de hoje de me lembrar de citar a prosa do Noronha no Público.

Genial, sublime!

Anónimo disse...

Os factos apontados só por o serem são demasiados graves. Quem acusa e quem é acusado são magistrados judiciais, e estes, por o serem, têm de ser respeitáveis, de ser credíveis.Ao estado a q A corporação entra em luta e poderemos estar a assistir aos primeiros episódios dessa luta.