Excerto da entrevista de Santana Lopes à Visão de ontem:
(...)
Quanto à questão suscitada pela eventualidade da violação do segredo de Justiça por organismos encarregues de o preservar e aos pedidos para que o Procurador-Geral da República fosse demitido, o Primeiro-Ministro afirmou que «não tenho razões para ter alguma dúvida sobre a integridade do senhor Procurador-Geral. Num Estado democrático de direito não posso decidir por suspeitas. E o senhor PGR, em relação à pessoa da sua equipa relativamente à qual havia dúvidas nessa matéria, para não usar a palavra suspeitas, tomou uma atitude.»
Por outro lado, «considero a estabilidade importante num sistema que está numa situação muito difícil como é o caso da justiça, e que teve situações que são conhecidas antes, nomeadamente com o director da PJ (...). Mas mesmo que não tivessem existido, da minha parte não tive nenhuma razão para lhe retirar a confiança desde que entrei em funções. Só procurei certificar-me com o senhor PGR que todos os actos que considerava indispensáveis iriam concretizar-se, nomeadamente as investigações por parte das entidades competentes. Foi-me assegurado.»
Afirmando «não falo sobre a confiança que tenho nas pessoas. Se estão em funções, a confiança não está em causa» acrescentou que «quando o senhor Presidente da República e eu mantemos a confiança é porque entendemos que o mais adequado ao interessa nacional é não estar a pôr em causa o PGR».
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