Passa das 4 horas da madrugada. Já tentei dormir, um revoltado sono que não vem e que me torna também revoltado. Decidi fazer uma pausa na insónia, liguei a tv, comecei a ver "Love Story". Cansei-me: não gosto de ver histórias de amor alheias, sobretudo quando, como é o caso, não tenho histórias de amor próprias, pelo menos dessas histórias que arrebatam e que me enchem.
O meu filho (oito anos) dorme, sossegado. Quentinho, na placidez de um tempo calmo. Talvez a sonhar como treino de futebol de amanhã à tarde. A minha filha (13 anos) não sei se dorme, não está comigo, há uns meses que decidiu trocar-me em nome de um conceito de maior liberdade que eu não entendo, nem mesmo quando regresso aos meus 13 anos e faço um esforço para ser justo.
Olho para as pastas, carregadas de códigos anotados, de livros usados e sinto a angústia de um fim-de-semana com duas contestações e umas alegações de recurso que têm de ser despachadas, depois do treino de futebol do João e de vermos a vitória do FCP contra o Bayern, em 87, num vídeo que que emprestaram. Ah, sem perder de vista que 3ª feira vou a Lamego ouvir o acórdão que me preocupa.
Leio os comentários aos meus últimos postais. E fumo. Fumo. Fumo, enquanto não me proibem de fumar em minha casa. E penso na vida e penso no que seria bom se, agora, conseguisse dormir.
Estou intrigado com uma coisa: por mais que pense, não consigo saber quem é AC que, de Estrasburgo, comenta em termos tão simpáticos o meu postal "olá". De qualquer modo, retribuo o abraço. E deixo um abraço para todos os que comentaram a minha decisão de deixar de ser autarca.
20 novembro 2004
Insónias (outra vez...)
Marcadores: carteiro (Coutinho Ribeiro)
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