Quero a sinfonia e a sinfônica,
o público a aplaudir de pé.
O agudo magistral do violino solo
enquanto a orquestra entra, suave.
Quero o frenesi da música no ar,
o ritmo, o rapto, a ruptura.
A alegria descortinada
entre uma e outra curva
da composição de cellos
e violões.
A canção de palavras
amorosas e obscenas,
na qual nos perderemos
suspensos por um fio,
por um fio.
Sempre por um fio.
Silvia Chueire
19 novembro 2004
Querer - V
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
uhlll
A Poeta (é assim que agora se diz) pulsa a vida com o pulsar do seu próprio sangue, veste de imagens o inolvidável e conhece todos os caminhos do orvalho nas madrugadas de esperança e isso dá-lhe uma superioridade em relação aos outros mortais. Gosto de si, Silvia Chueire! E neste gostar sinto a subsistência da eternidade. Como que me transcendo! Se fui claro, também soube ser poeta.
Caros LC e compadre Esteves. fico gratificada com as suas palavras. Muito . Escreve-se, ao menos eu escrevo, também para tocar as pessoas.
Caro Anonymous, o que foi mesmo que você quis dizer? : )
Um abraço,
Silvia Chueire
O an'onimo não disse , apenas se distraiu. O que eu quero dizer, realmente, é que aprecio imensamente a sua poesia. Visito-a e revisito-a no seu blog. É, sem dúvida, de grande qualidade. E é sempre uma «incursão» de beleza, de frescura, de sensualidade. E de Verdade,também.
Fico feliz que goste,obrigada.
Silvia Chueire
Enviar um comentário