... A cultura judiciária deve reflectir uma cultura de cidadania e abrir-se à inter-relação de outros saberes não estritamente jurídicos. São eles que dão as tonalidades à realidade dos factos e da vida. A cooperação de outros profissionais, que não só os magistrados, e de outras entidades, que não só os tribunais, na formação é irrenunciável e uma exigência, perante as novas dimensões do agir judiciário. Desta forma, são os ritos tecnicistas que cedem perante a solidez da formação; são os áridos procedimentos da justiça que não estiolam as razões humanas.
A fragilidade da dogmática que se fecha à cultura da vida, foi algo que aprendi na Universidade. Dela trago também o ensinamento – de Kelsen, e de outros Mestres – de que tanto o Universitário como o Magistrado devem ser daqueles que prezam mais o Saber do que o Poder.»...
Anabela Rodrigues, em discurso de tomada de posse como directora do CEJ
08 novembro 2004
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Marcadores: L.C.
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1 comentário:
Porque parece ter relação com o assunto deste post, copia-se comentário feito ao post "Presidente do Supremo manisfestou reservas à nova directora do CEJ".
Anonymous diz...
Felizmente a preocupação com as ciências sociais (sublinhada pelo Sr. Presidente do STJ) foi atendida na restante equipa directiva e para director da área jurídico-social, foi nomeado alguém que tem um currículo impressionante: ex-marido da directora, pai do filho da directora (pelo que o considerável reforço remuneratório é acentuadamente legitímo), funcionário do IRS (o social), licenciado em direito (a parte jurídica), sem quaisquer estudos conhecidos (o que garante a imparcialidade). Viva a República e os seus probos servidores.
5.11.04
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