24 janeiro 2005

Eu e a Justiça

Apesar de contar entre os meus amigos mais chegados com alguns advogados e um magistrado, não tenho com a Justiça uma relação de grande proximidade. Mas procuro ser um espectador atento da sua prática e das suas políticas, discutindo-as quando tal se proporciona.
Hoje tive uma das minha raras experiências concretas, tendo sido ouvido num processo que resultou de uma participação efectuada no primeiro semestre de 2002. Devo dizer que fui tratado com a maior gentileza e simpatia pelo funcionário que me atendeu e pelo procurador-adjunto que me ouviu, mas não posso deixar de reflectir sobre o exemplo deste caso, uma investigação que, mais de dois anos e meio após a participação, continua no seu passo lento, com a morosidade habitual e completamente alheia ao sentido de oportunidade.
Ouvi no tribunal as queixas recorrentes: muitos processos, poucas pessoas, impossibilidade prática de fazer melhor. Será isto inevitável? Não há nada a fazer?

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