23 março 2005

Ser testemunha

Dentro de dias, tenho de ser testemunha em processo de instrução. Andou um simpático agente da PSP a correr para o meu escritório, durante duas semanas, porque tinha uma notificação que só a mim podia ser entregue. Como durante o dia estou nos tribunais, empresas e outras actividades, foi difícil o encontro. O homem já devia estar farto, porque não me encontrava. Sugeri que deixasse a notificação. Assinei-a. E, ao ler o texto, fiquei a saber que alguém, que não conheço nem nunca me contactou, me indicava como testemunha. Não sabia de nada, nem quem me indicara, nem sobre que teria de depor. A solução foi contactar o tribunal. E com sorte lá consegui que, ao menos, vagamente me indicassem o assunto. Em boa verdade, não me lembro de nada. Os factos terão ocorrido há mais de 12 anos e reportam-se a processos judiciais dessa época, há muito arquivados no tribunal, de que nem sequer tenho registo no meu escritório. Estou avisado: vou ter que me lembrar de tudo, porque não quero que me acusem de falso testemunho. Como se a nossa memória fosse de elefante, tivessemos que escrever diários e mantê-los em arquivo. Nestes casos, não seria possível que o tribunal nos indicasse desde logo qual a matéria sobre que teremos de prestar depoimento? Abaixo o segredo de justiça!

2 comentários:

Carlos Rodrigues Lima disse...

Meu caro mocho,

Como o compreendo. Ainda por cima há mais de 12 anos não havia telemóveis, muito menos vias verdes. tb não sei se tem o hábito de coleccionar facturas de supermercados e de restaurantes. Espero que a sua memória seja cristalina.

Um abraço

Carlos Lima

Carlos Rodrigues Lima disse...

Quem sou eu para colocar em causa o mocho......Ainda bem que tem amigos...força e estou com ele

Abaixo o segredo de justiça!!!


Carlos Lima