O Bispo do Porto, D. Armindo Lopes Coelho, resolveu intrometer-se nos assuntos terrenos e saiu em defesa do presidente da Câmara do Porto sobre a polémica do túnel de Ceuta, defendendo a solução proposta pela autarquia, apesar de referir que não tinha conhecimentos jurídicos e técnicos sobre a questão. Seria o bom senso a falar.
Como o bom senso do Bispo do Porto já o tinha levado, algum tempo atrás, a defender e a ilibar Fátima Felgueiras dos crimes de que era acusada enquanto presidente da Câmara de Felgueiras, antecipando-se aos tribunais e à justiça dos homens, ficamos todos esclarecidos sobre o padrão que conduz as intervenções políticas de D. Armindo.
Não seria melhor que o Bispo do Porto se ocupasse exclusivamente dos assuntos da Igreja, da sua diocese e do muito que ela poderia fazer em auxílio das comunidades mais necessitadas?
13 abril 2005
Sua Eminência
Postado por jcp (José Carlos Pereira)
Marcadores: JCP (José Carlos Pereira)
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3 comentários:
Meu caro JCP
Receio bem que o seu post faça recair sobre Si severas condenações e acusações de anti-clericalismo. Não o querendo deixar só em terreno tão minado, aqui estou, solidário, com um abraço. Felizmente o tempo já não está para fogueiras que, aliás, nem sempre achavam vítima capaz.Estou a lembrar-me do Cavaleiro de Oliveira que, estando em São Petersburgo, a bom recato na corte de Catarina a Grande, da Rússia, recebeu notícia de que tinha sido queimado em efígie no Terreiro do Paço. sobre isso terá escrito: "Nunca senti tanto frio como nesse dia". Você corre por junto o risco duma chamuscadela de baixo teor calórico por vir denunciar uma tomada de posição que não parece ser mais do que um favor político. Pouco eficaz, ainda por cima.
...a mim o que me irrita é esta mania das igrejas se quererem sempre intrometer nas coisas do mundo.Ignoram o famoso A César o que é de César, a Deus o que é de Deus.
Não nego a nenhuma igreja ter as suas posições sobre o aborto, a eutanásia, as mulheres, etc..mas que não as queiram impor nas leis.
Quem emitiu a opinião foi o Senhor D. Armindo, que, por enquanto é Bispo. Não foi a Igreja. Por ser Bispo não deixa de ser cidadão e continua a ter direito à opinião. Por muito que dela discordemos. A posição que ele assumiu não é da Igreja !!! Não confundamos as coisas ...
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