Perdoem-me as amáveis clientes e um certo José, a quem, especialmente, este telegrama se dirige, mas o caso não é por menos. Ora leiam e avaliem por vocês mesmos:
"Lisboa, Março de 2005
Sabemos que o autor apreciaria a ideia. Nada de novo, afinal: os livros só existem se forem lidos e os melhores existem para ser oferecidos aos amigos. Qualquer pretexto serve. E temos vários: passaram quase dez anos da morte do assis, o futebol mete dó, estamos todos a precisar de um manguito bem feito. Este é "do tamanho de um choupo".
Leiam, o Assis apreciaria.
""aquichegados, convém recordar que o campo era no passeio e o passeio era empinado""
Memórias de um Craque
Fernando assis Pacheco
assinam: Ana, Babá, Catarina, João, Rita, Rosa e Rosarinho Assis Pacheco
O que acima, religiosa e comovidamente, se reproduz é o bilhete que acompanhava "Memórias de um Craque" de Fernando Assis Pacheco, Assirio & Alvim ed. Traz um prefácio do Abel Barros Baptista e um posfácio do Manuel António Pina. Um luxo! O cronista de serviço agora amesendado em Au Bonheur des Dames, limpa uma furtiva lágrima, engole o soluço da ordem e verifica que a emoção, traidora, lhe embarga a vista e não o deixa ler. Vai daí, soletra este telegrama de pura e legítima alegria. Tanto mais que os da Assírio anunciam para breve mais inéditos do mano Assis. Saravah, leitor José, "à barca, à barca que temos gentil maré".
Saravah, amantes da boa literatura e do bom português vem aí outro Assis, zombeteiro, certeiro, porreiro!
E tudo isto sucede em vésperas do nº 2 de au Bonheur des Dames que, coincidência milagrosa!, falando de Eugénio de Andrade, fala também de M.A.Pina. Há dias em que o mundo tem o cheiro antigo e doce do pão acabado de cozer. Desculpem lá estas pieguices mas eu estou como um cuco e rebentava se o não dissesse a alguém.
13 abril 2005
suplemento especial ao 1º número de Au Bonheur des Dames
Marcadores: Au bonheur des Dames, mcr
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2 comentários:
E faz bem, em desatar esse nó, caro MCR!
Em tempos de vacas magras, qualquer iogurte serve. Mas isto que nos oferece, é um gratin, ou um créme de la crème, para mencionar os nossos frères Jacques- que nestes últimos tempos, também amargamente se queixam dos tratos de polé a que anda sujeita a língua de Jules et Verne, por via dos Google e outros linguarejares.
Valha-nos a nós, o santo Assis!
Acabei hoje "as memórias..." Se o riso, a gargalhada, tirassem peso, estava de volta aos setentas quilos. Aquilo é divertido até dizer basta e do estilo e da língua nem falo.
O cavalheiro de cima faz um belo jogo de palavras com o Jules et Verne
. O raio do homem também é cinéfilo...
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