É o título da peça de Caryl Churchill que vi esta noite (de 19 de Maio) na Culturgest.
De acordo com a pequena sinopse que lera (*) tratava-se de uma peça sobre a clonagem, a ética, o livre arbítrio - o conflito entre a natureza e a educação - e a forma como cada um dos três filhos, exactamente idênticos do ponto de vista genético, lidam com a descoberta da natureza da sua concepção.
Mas, como se isto fosse pouco, era muito mais. Era, a cada passo dos seus cinco movimentos, a revelação, ritmadamente cadenciada e surpreendente, dos seres que deixam de ser perante a incógnita da sua «identidade pessoal - "tu és tu porque é isso que tu és"», perante a incógnita maior de ser ou não ser ou não ter sido amado e culmina perante a incógnita de um ser feliz.
Magnificamente interpretada por João Cardoso e João Pedro Vaz, esta peça, como diz o tradutor do texto original, Paulo Eduardo Carvalho, «poderia ser uma peça musical para dois instrumentos, talvez um violoncelo e um violino; uma daquelas peças em que ao violoncelo cabe a repetição de um conjunto de temas e umas escassas, mas decisivas, variações e ao violino a expressão mais vincada de diferentes atmosferas, tempi e intensidades.»
(*) por ex. aqui pode ler-se algo mais detalhado do que a sinopse que lera no Guia do Lazer; mas acho que vale a pena deixarem-se surpreender... e espero não ter revelado demais com este post - queria tão só abrir-vos o apetite para verem esta peça, que estará em cena apenas nos dias (19), 20, 21, 24 e 25 - às 21h30 - e no dia 22 - às 17h00.
20 maio 2005
Um número
Marcadores: kamikaze (L.P.)
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