08 agosto 2005

Medidas de coacção "à la carte"

O ministro da Administração Interna considera que os magistrados devem "afinar" o critério das medidas de coacção impostas aos suspeitos de fogo posto, ressalvando no entanto que este crime "já tem uma moldura penal razoável". - Público on line (ver: aqui)

"O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público defendeu hoje que o rigor das medidas de coacção impostas aos suspeitos de fogo posto deve ser igual aos suspeitos de outros crimes.
António Cluny comentava à Lusa declarações do ministro da Administração Interna, que na noite de ontem considerou que os magistrados devem "afinar" o critério das medidas de coacção aplicadas aos presumíveis incendiários.
Em declarações à RTP, ontem à noite, António Costa sublinhou que tem recebido "informações quer da GNR, quer via Ministério da Justiça, provenientes da Polícia Judiciária, que sublinham a necessidade de haver, quanto à aplicação de medidas de coacção (aplicadas pelos magistrados a incendiários), um critério mais afinado".
O presidente do sindicato disse que o rigor que os magistrados devem assumir para requerer as medidas de coacção deve ser o mesmo para qualquer tipo de crime, quer esteja ligado ao fogo posto ou a outros crimes, como por exemplo a pedofilia ou o homicídio.
António Cluny salientou também as dificuldades existentes no que diz respeito à investigação dos crimes de fogo posto.
"Parece pouco credível que as pessoas detidas, na sua maioria portadoras de deficiência, possam ser consideradas responsáveis neste tipo de delitos", afirmou. - Público on line (ver link acima)

3 comentários:

josé disse...

Se esta afirmação do ministro quer dizer aquilo que parece, é um escândalo que merece demissão imediata!
Até quando?!!!

josé disse...

E sugeria, em tom provocatório, que fossem ouvidos sobre esta temática, o sociólogo António Barreto e talvez, até, o inefável Boaventura.
O antigo bastonário não pode faltar, claro e o advogado Rodrigo Santiago é de riguer. O advogado Ricardo Sá Fernandes também tem algum interesse em ouvir e finalmente, para compor este núcleo de defensores estrénues de direitos liberdades e garantias, não pode faltar o célebre Pinto Ribeiro, único sócio conhecido duma desconhecida associação que costuma ser convidada para aparecer na TV.

Kamikaze (L.P.) disse...

Um :) para si, José, sempre atento...