vaga a noite vaga,
não descansa.
umas asas se desfraldam
luminosas,
palavras e esperança.
nas pontas dos pés eu bailarina
toco de leve a corda sobre o abismo.
equilibrista,
os músculos retesos
atenta a cada gesto ínfimo .
que não me atire,
não me mate,
não me incida
íntimo e amargo.
voam meus olhos a olhar
esta viagem sem retorno.
nas asas do desejo,
no tênue tecido destes versos
deitam-se pensamentos,
imagens, memória , canções.
breve, cuidadosa dos meus passos,
no peito o sonho
irresistível ,
na alma o sonho
incontestável,
toco a sapatilha nesta corda.
silvia chueire
23 setembro 2005
incontestável
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
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3 comentários:
Gosto sempre de ler os teus poemas -tu sabes...também aqui.Beijos
belíssimo
Um beijo às duas. Obrigada.
Silvia
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