Já aqui me referi, há muitos meses atrás, a um comentador prolixo que circula pela nossa praça. Hoje, neste artigo do JN, esse colunista que tudo sabe e que sobre tudo opina, com o rótulo de ser uma voz do Norte (safa!), pretende usar a ironia para criticar a postura e a intervenção pública de Saldanha Sanches e de Maria José Morgado, glosando um excerto de uma entrevista que o primeiro deu ao “Correio da Manhã”.
Para além de um registo irónico mal conseguido, o inefável cronista, que nunca primou pela excelência da escrita, termina a sua prosa no JN ao seu melhor estilo, com a seguinte pérola: “Meus caros Saldanha Sanches e Maria José Morgado, só tenho três adjectivos para vos qualificar: obrigado por existirem!”. Como? Três adjectivos?! Já estarão encerradas todas as turmas da educação contínua de adultos?
09 novembro 2005
Sem saber ler nem escrever
Postado por jcp (José Carlos Pereira)
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5 comentários:
Também li e pensei o mesmo.
Tanto quis adjectivar que acabou por se apostrofar a ele próprio. Pobre Serrão.
Mas esse tipo sempre foi uma besta!
"O Norte revela condições sociológicas de uma relação próxima entre o poder local e os magistrados."
Não li a crónica de Manuel Serrão em papel. Por isso, não cheguei a perceber se a entrada que está acima é uma expressão proferida por um dos membros do casal-maravilha a que Serrão se refere. Se é, então Manuel Serrão tem alguma razão. Os problemas de proximidade perigosas entre os membros do Poder Local e magistrados não é, seguramente, um problema exclusivamente do Norte - é de todo o país. Há muitos exemplos disso.
De resto, quando fui jornalista, senti que a concubinagem que existe entre jornalistas e políticos é muito mais expressiva em Lisboa do que No Porto, por exemplo.
Não estou a defender Manuel Serrão (de quem sou amigo mas com quem tantas vezes discordo...). Só estou a tentar centrar a questão. Até porque concordo muitas vezes com o tal casal maravilha...
O autor desse artigo tem para mim um aspecto muito positivo: ganho tempo com ele porque nunca leio as suas crónicas. Tenho o hábito de não gostar de me aborrecer com inutilidades. È saudável e poupa tempo. Aconselho vivamente a utilizarem o tempo em coisas mais úteis e agradáveis.
com permissão dos distintos, o dito articulista que não conheço, não leio (é raro ir ao JN) e não sei sequer quem é faz lembrar o finado almirante Américo Tomás que uma vez terminou um discurso dizendo: "e para terminar só tenho um adjectivo: gostei!".
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