04 janeiro 2006

Ano Novo

Regressado dos festejos de Natal e Fim-de-Ano, renovo os meus votos de Bom Ano Novo para todos os incursionistas. No entretanto, houve por aqui alguns factos que não posso deixar de assinalar:

1. O amigo carteiro encontrou novas (e boas) razões para as suas insónias e ele sabe como fico contente por vê-lo com esse estado de alma. E os filhos, esses, estão um must!

2. O caríssimo mcr sentou-nos com ele à mesa no seu réveillon. Pois, meu amigo, também lhe dei com ganas valentes nesse dia, em casa dos meus compadres. Éramos muitos à mesa, adultos e crianças. Além do prato de bacalhau, pois atirámo-nos nos entrantes a uns valentes queijos (Serra, Azeitão, Serpa, terrincho de Trás-os-Montes, emmental e camembert), uns presuntos, umas tartes, umas saladas, etc. e tal. As saídas foram, também elas, divinais. Tudo regado com Tapada do Chaves tinto e umas colheitas especiais de espumante Murganheira. Ainda houve tempo para fumar um esplêndido cubano acompanhado de um bom whisky velho. Encerrou-se a sessão por volta das cinco da manhã, depois de muita conversa e alguma música. Para o ano há mais!

3. dOliveira recordou-nos aqui uns escritos seus de há quase vinte anos, em “homenagem forte” a mim próprio e ao compadre esteves. Não sendo credor de tamanha honraria, não deixo de subscrever parte do que então escreveu. Prometo, contudo, voltar ao tema da relação entre Porto e Lisboa ou, se quisermos, entre as capitais e as “segundas cidades”.

4. As presidenciais estão um aborrecimento. Todos semeiam disparates e penso até que as pessoas, a mais de três semanas das eleições, já começam a ficar cansadas da conversa dos candidatos. Ainda haverá margem para surpresas e argumentos que despertem um maior interesse nesta disputa?

5 comentários:

o sibilo da serpente disse...

Já agora: fumaste o charuto dentro ca casa dos teus compadres, ou tiveste que ir para a varanda fumar? Sabes, ainda não perdi a esperança de um dia poder acusar-te de homicídio, quando esticar o pernil enquanto fumo, gelado, na varanda de tuda casa.

M.C.R. disse...

Meu Caro companheiro desta tertúlia: a modéstia fica-lhe bem mas atrevo-me a pensar que V. tem aqui feito uma curiosa e interessante análise do fenómeno Porto. Pelo menos é o que vou percebendo das suas sempre lidas e muito analisadas incursões. Salvo algum optimismo (que não fica mal) V. tem reflectido e ajudado a reflectir. Acha isto pouco?
Por isso a minha homenagem sincera (já não tenho idade para mentir...) e a pequena beliscadela para o ver concordar e discordar do meu texto. Estou ansioso e à espera.
Vale
d'Oliveira

o sibilo da serpente disse...

Como decidi votar Cavaco logo no princípio, nem sequer me dou ao trabalho de ver a campanha. Coisa estranha em mim.

jcp (José Carlos Pereira) disse...

Carteiro, fumei o charuto numa daquelas lareiras antigas, onde se fazia o fumeiro. Assim , o fumo lá vai chaminé acima sem incomodar muito os restantes convivas.

Agradeço as suas palavras, caro dOliveira. Voltarei ao tema que sugeriu.

M.C.R. disse...

Com que então o meu Amigo dá-se ao luxo de aviar queijo de serpa como entrante? Pois fique sabendo que isso é pecado mortal e feio: da parte do mortal é a gula. Da parte do feio é comer isso anttes do prato principal. O Serpa, caríssimo José Carlos, é normalmente um belíssimo queijo (eu até o prefiro ao Serra... mas enfim) e dá uma belíssima saída de refeição desde que acompanhado dum naco de bom pão e de um maduro tinto decente.
Corre, entre amigos meus, uma infame e refalsadíssima históriade um "serpa" devorado durante um prolongado lanche (horas...) acompanhado por um belo Mendonça e herdeiros de 57, á compita com uma amiga minha. Se lhe disserem que isso sucedeu não acredite: eu não seria capaz disso...
Com que então aí por casa fuma-se já quase clandestinamente? Cá idem aspas aspas: eu deixei de fumar há uns largos anos (já ia nos quatro maços diários....) e a minha mulher e a minha enteada só podem fumar na cozinha, no quarto de estudo da segunda e nas varandas (aberta e fechada). Quando se recebem amigos, as malandrinhas aproveitam e mesmo que os visitantes não fumem, aí vai disto: tabaco até dizer basta!
O nosso Coutinho Ribeiro pelo que tenho lido ultimamente pode fumar até no polo norte: vejo-o (leio-o...)tão quentinho...