18 janeiro 2006

José Mattoso

Ana Sousa Dias levou esta semana ao seu programa de entrevistas na 2: o historiador José Mattoso. Para quem estudou História, Mattoso é uma figura central da historiografia portuguesa e um dos maiores especialistas, senão mesmo o maior, em História Medieval. O seu nome, contudo, viria a tornar-se mais conhecido do grande público com a atribuição do Prémio Pessoa, em 1997, e com a direcção da História de Portugal em oito volumes, editada pelo Círculo de Leitores, e que vendeu mais de 100.000 exemplares.

Depois de ter dirigido o Instituto Português de Arquivos e a Torre do Tombo nos anos 90, Mattoso, que entretanto se havia jubilado, radicou-se em Timor e empenhou-se activamente na recuperação dos arquivos timorenses. A sua experiência no terreno e o contacto com a realidade local marcaram-no profundamente, levando-o a publicar uma obra de homenagem ao povo timorense, a partir do exemplo de um dos líderes da guerrilha: “A dignidade. Konis Santana e a resistência timorense”.

Antigo monge beneditino, de aparência frágil, José Mattoso é um vulto maior da História e da Cultura portuguesa. Poucas obras contribuíram tanto para ajudar a compreender os alicerces da nação e do povo que somos como o seu livro “Identificação de um país”.

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