Encontrei, por mero acaso, no Primeiro Moicano, esta referência a um post que aqui escrevi há alguns dias.
Li, no Incursões, um post de Coutinho Ribeiro escandalizado com um magistrado judicial que disse que o problema das listagens era com o Mº. Pº. e que assim não perceberia que o problema era antes da justiça. E logo uma série de comentários a apoiar e a bater nos juízes, no C. E. J. e a aplaudir a vestibular fase do Mº. Pº. prévia à magistratura judicial. Bem, que tenho eu, juiz de uma comarca, a ver com o facto de num processo de Lisboa, em julgamento, com pseudo poderosos, se descobrir agora que há uma listagem encriptada com nºs. de telefone de agentes do Estado e que se tratou de lapso da P. T.? Eu até acho que o P. G. R. pouco ou nada tem a ver com isso. Mas, é tão fácil dizer que todos temos de viver os problemas da justiça. Será que eles vivem os problemas menores da justiça e que tanto têm desmotivado os juízes? Pode ser que sim.
Que se pode dizer? Talvez o autor do comentário tenha razão. O melhor mesmo é cada um olhar para o seu pequeno quintal e deixar que a casa do vizinho arda... Afinal que importância tem o assunto da listagem, se o meu nome não está lá nem é na minha comarca?
26 janeiro 2006
Realmente, não é nada comigo
Postado por o sibilo da serpente
Marcadores: carteiro (Coutinho Ribeiro)
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3 comentários:
Caro Galo: não me pareceu que a intenção fosse essa. Mas posso estar enganado.
É sabido que já houve muitas manchetes do que se passa ao largo de Lisboa, nos tribunais de província. E é claro que pela ruralidade tb há escutas, eu sei que há, e tb há prisão preventiva, eu sei que sim.
Mas o que estava em causa não era um simples pormenor de umas escutas ou outro meio de prova supostamente ilegítima: discutia-se a posição do PGR. É um caso nacional. Daí o meu espanto.
(E também teria gostado que o Mmo. tivesse comentado as minhas palavras no local próprio - é que só descobri o texto por acaso).
Porque será que ninguém pediu " a cabeça" do Presidente da PT pelo envio das listagens a mais?
O Pintinho já intentou uma acção contra o Estado a pedir 50 mil de indemnização por alegada detenção ilegal.
Quanto ao resto, estou de acordo: anda por aí uma corja!
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