11 fevereiro 2006

Dias maus

Hoje foi um daqueles dias em que aprendi muitas coisas. Fui dar uma volta, voltei e fiquei a pensar o mesmo que pensava antes de dar essa volta. Não é mau: convicções fortes. Parvas, talvez. Já tenho idade para perceber que devo adaptar-me às circuntâncias. Parvo: não consigo deixar de ser assim!
Primeiro: não se pode lutar contra o destino, quando o destino usa armas que eu não uso. Mas tudo tem um limite e eu estou no limite.

(sabe, minha amiga, o problema é que dei sempre a cara,
não me escondi - como hoje não escondo, e ponho a cabeça a jeito. Oh, que me desmintam, oh, que venham desmentir-me, de cara aberta, que aí sou um mestre, um litigante perfeito.)


Segundo: há jornalistas que são jornalistas e jornalistas que são mercenários e que gostam de ser actores, polícias, advogados, procuradores e juízes, desembargadores e conselheiros e ainda mais do que isso, deuses, talvez. Mas tudo tem um limite. E eu estou nesse limite.
Terceiro: eu prefiro ser um advogado reconhecidamente honesto a ser um advogado rico. Claro que estou a ser parvo, mas, pronto... Aí não estou no limite. Vou ficar sempre assim. Parvo, portanto, e nada recomendável.
Quarto: prefiro ser o homem que apanha cascas do chão a ser o advogado-cão-pau-mandado-a-quem-mandam-apanhar-cascas-do-chão. Aqui não tenho limites. Tenho convicções.
Linguagem cifrada, eu sei. Não posso fazer mais. Estou no limite... E não aprendo. Nem quero.

2 comentários:

C.M. disse...

A essa postura se chama honradez e verticalidade...

o sibilo da serpente disse...

Quero esclarecer o seguinte: o que digo no meu post não tem nada a ver com qualquer coisa que se tenha passado aqui. Um desabafo, apenas...