28 fevereiro 2006

Máscaras

Decidi mascarar a revolta e a irritação, mas sem esquecer a tromba com que ando, e fui ver o carnaval. Levaram-me. Um jantarzinho bem aviado e música a seguir. No "B Flat", em Matosinhos, onde nunca tinha ido, ouvi, muitos anos depois, a música do Carlos Araújo (grandes tempos os do "Splash", pá!, com o Rui Veloso, a Lena d'Água, o Óscar Branco, o Feio e tantos outros e o pessoal dos jornais que fazia horas para que a edição saisse das rotativas...), que, sempre simpático, tinha mandado sms a dizer que estava lá. Não ficámos muito tempo, que a malta é jovem e quer agitação. Daí para onde? Para o "Batô"! Sim, para o intemporal "Batô", em Leça, que está igual ao que era da última vez que lá estive (há 15 anos?), como nessa altura estava igual à primeira vez que lá fui. Não fiz o retrato, que em dias de carnaval é sempre difícil perceber quem está. Mas foi divertido, lá isso foi, mesmo que eu tenha afivelado ar circunspecto de quem pensa nos dias depois do carnaval...

(Vejo que no blog Câmara Corporativa se comenta o meu postal sobre a minha passagem por Coimbra e a minha impureza para ser magistrado. Não percebi se bem se mal. Nem interessa...)

2 comentários:

C.M. disse...

Caro Amigo Carteiro, deixe-me colocar aqui dois comentários ao postal da "Câmara Corporativa" que lá vêm( devia ser proibido usar este nome em pasquins mas enfim...):

"Anonymous said...
E... que é que o post do Coutinho Ribeiro tem ?
Foi uma opção dele.
Eu também optei e segui para desempenhar um cargo de assessor jurídico de uma empresa e só mais tarde comecei a advogar.
O que é que uma coisa tem a ver com a outra ?
Depende do que cada um tem vocação ou vontade.
Eu nunca daria um bom juiz. É preciso muita ponderação, uma grande determinação para decidir em certos casos em que as testemunhas de um lado dizem uma coisa e as outras dizem o contrário. É das tarefas mais difíceis: decidir. Em vez do autor deste blogue andar por aqui a dizer mal, porque é que não passa umas semanitas num tribunal e vê o que lá se passa desde a manhã á noite, desde a espera das testemunhas, ao trabalho dos funcionários, ao stress dos magistrados, às inúmeras audiências de julgamento que cada um deles faz, etc. etc. ?
Ou sabe o que é um advogado ter imensos prazos para cumprir, contestações, réplicas, respostas, recursos e tudo o mais a ser feito no prazo que os códigos determinam?
Falar é fácil, fazer ... é que é difícil.
Mas sempre foi assim.
Só os ignorantes é que abrem a boca para criticar o que não sabem.
Passe bem que eu que aqui vim por curiosidade, aqui não volto mais.

Seg Fev 27, 05:33:42 PM "


"Anonymous said...
Pergunta:
Porque é que o Abrantes nunca escolheu a magistratura?

Resposta:
Porque só tem a instrução primária e neste país ser magistrado exige um nível educacional e cultural superior à instrução primária.

Pergunta:
Qual a profissão adequada a quem só tem a instrução primária e arma-se em esperto ?

Resposta:
Plantar batatas.



enfim...ele há blogs que só servem para alimentar ódios...e que envergonham um ser humano...

Fernando Martins disse...

Caro Carteiro: o Câmara Corporativa usa o seu post para denegrir os Juizes, comme d'habitude... Usa (e abusa) das pessoas para chegar ao que o "patrão" do PS lhe manda, a coberto do manto diáfano do anonimato...