Era para ser um texto sobre o dr. Luis Filipe de Meneses com um título olé-olé: o fronteiro mor da Bainharia. E era para aferroar o dr. Coutinho Ribeiro. Na esperança de um seu regresso, guardo-o na gaveta e inicio um novo ciclo de textos. O que se segue é uma homenagem em jeito de parábola aos colegas que me aturam e tem obviamente fortes raízes na realidade. A moral da parábola tirá-la-ão os excelentíssimos paroquianos (se a palavra é permitida) ao fim da leitura se esta crónica chegar a bom porto e eles tiverem paciência.
Como os leitores porventura saberão o senhor Amadeo de Sousa Cardozo estudou no Porto, no liceu que mais tarde se chamaria D. Manuel e antes (e depois, singular mania!) Rodrigues de Freitas. Dele foram condiscípulos dois rapazes que mais tarde seriam figuras de alguma projecção na cidade, o Professor Doutor Francisco Coimbra e um exportador de vinho do Porto de que só se darão as iniciais: ACR. tal qual existem ainda numa sólida mala de viajem em bom e antigo couro. Durante todo o liceu foram inseparáveis e só a vida aventurosa de Amadeo e ACR um pelas Franças e outro pelos caminhos do filho família que se inicia nos negócios paternos (Wurzburg, Hamburgo e Heidelberg para aprender química do vinho, Rio de Janeiro e Londres para se familiarizar com os sócios estrangeiros e os segredos do import-export.).
Continuavam a ver-se os três, de longe em longe, ao sabor das idas e vindas do artista e do comerciante. E foi assim que, aquando da primeira (e única?) exposição (escandalosa) de Amadeo (no salão do Corpo da Guarda?) os seus dois antigos colegas muito em segredo mandaram alguém comparar duas telas do novel pintor. Terão sido, diz-se, os dois únicos trabalhos vendidos nessa 1º e pouco auspiciosa mostra do nosso maior pintor da primeira metade do século vinte.
Claro que ACR. achava o quadro péssimo. Para ele, como aliás confidenciou em 1956, até Ravel era demasiado moderno, o quadro tinha apenas o valor de ser pintado por um amigo que malgastava talento em cores tão violentas, em traços tão grosseiros em composições tão banais. E ainda por cima havia o problema do segredo da compra por mera amizade, caritativa amizade. Por isso o quadro adornava o escritório da adega na Casa do Torne, longe dos salões onde se recebiam amigos, associados e visitas.
Acontece porem que nos idos de cinquenta o quadro acertou no olho inocente mas aberto à novidade dum neto de ACR. Rapazola, pais longe da metrópole, liceal tresmalhado por colégios de sólida reputação educativo-coerciva, viu o trabalho, agradou-se dele, e tanto se agradou que o avô lho prometeu: “fica para ti, é do Amadeo, coitado, tão bom moço e com tanta pouca sorte”.
Anos passaram, o rapazola partiu para Coimbra, para aturar os lentes de Direito nos Gerais e, nos intervalos, meter-se nas políticas académicas, muito mexidas naquela época de inícios de sessenta. A crise de 62, deu-lhe o ensejo de se libertar da longínqua tutela do avô ACR que resolvera deslocar-se de propósito a Coimbra para pregar aos dois netos respeito pelas autoridades constituídas, pelo senhor Reitor, pelo Dr. Oliveira Salazar e pelo Senhor Cardeal Patriarca. E pela polícia também, acrescento eu.
Não teve êxito a embaixada aos jovens bárbaros o que provocou várias reacções de indignação de ACR que passou pela vergonha de ver um deles em Caxias por um par de semanas. O clima familiar degradou-se e os netos, ganha a alforria por via da política, rarearam fortemente as visitas ao chefe do clã familiar.
Continuando nessa senda de vício político e social, o neto futuro proprietário dum “amadeo”, entendeu anos depois casar-se pelo “civil”. Civilizada mas desafiadoramente comunicou tal intenção brejeira e imoral ao avô ACR que, em carta lacónica, lhe retorquiu não reconhecer quaisquer efeitos a esse acto de pura mancebia. O noivo, galispo e afrontador, cortou relações com o capitalista, conservador e catolicão . E os anos passaram.
E o primeiro divórcio chegou: punhalada nos princípios solidíssimos duma família portuguesa do Porto. Depois do amancebamento, a suprema afronta do divórcio. O neto divorciado regressou por algum tempo à casa paterna pois entretanto os pais tinham regressado à pátria e à cidade enquanto o velho avô por motivos de doença recolhia também ele à casa do filho. O reencontro temido e inesperado ocorreu sem dramas. Dum lado um jovem advogado esquerdista doutro um ancião carregado de anos e de Parkinson. E mudo como uma carpa, que a doença tem dessas manias. Até que um dia...
Um dia o neto chega à casa paterna com um disco de Marlene Dietrich. E movido por alguma recôndita mas sincera misericórdia põe-o a tocar para um avô de noventa e muitos anos. Subitamente a voz da divina Dietrich entra pela casa
Wenn die Soldaten
Durch die Stadt marchieren
Öffnen die Mädchen
Fenster und Türen
Como porventura o dr. Delfim Mendes saberá, ele há, de vez em quando, milagres ou, mais laicamente, prodígios inexplicáveis. O avô idoso e mudo desatou num parlapié em alemão de primeira que muito a custo foi acompanhado e secundado pelo neto, ex-aluno do Goethe Institut de Berlim nos idos de setenta. Horas a fio, com a Marlene de permeio, falaram avô e neto subitamente esquecidos da greve de 62, das prisões, dos casamentos e divórcios, da ortodoxia integrista duma Igreja muito portuguesa e do dr. Oliveira Salazar. E falaram de Camilo, de Beethoven, dessa divina blaue Engel, da avó Dora, do Xico Coimbra e, claro, do Souza Cardozo, reconfirmado legado ao neto mais velho.
Ao aproximar-se do primeiro centenário, ACR. entendeu finar-se tranquilamente numa luminosa manhã de inverno. Enterrado que foi, e passado o conveniente período de nojo, foi o neto pelo legado pois não quisera despojar a casa velha da família antes do dono, figurada mas definitivamente, a abandonar.
Do quadro nem rasto, como calcularão as leitoras gentis e especialmente a excelentíssima administradora Frau Kamikaze. Mão estranha resolvera libertar Amadeo do escritório da adega e rodeá-lo (ou rodear-se?) dos mimos devidos ao alto preço já então oferecido por qualquer obra do mestre. Sic transit gloria mundi: ou por palavras mais dia-a-dia: assim se lerpa um quadro que ficaria aqui tão bem junto a um outro que o gatuno não topou: um lindíssimo guache de Diogo de Macedo, que por ser muito art-deco estava já numa salinha do primeiro andar.
E a moral? Perguntará algum oblíquo leitor: ora a moral é chãmente esta: avô e neto estiveram vinte anos sem se falarem separados por trivialidades e ninharias. E se não fora o milagre de um anjo azul e decadentemente alemão nunca mais teriam conversado. Pior: nesse intervalo os bens familiares foram esbulhados de um quadro maravilhoso que ainda por cima retratava uma bela história de amizade. Para agradar a gregos e troianos aqui fica a prevenção: quem tiver olhos que veja e quem tiver ouvidos que ouça.
Vosso, sempre
D’Oliveira
Vai dedicada a Sílvia, Guilhermina e Liliana antecipando o dia 8 de Março.
Que os cavalheiros não se amofinem por desnecessários ciúmes. A próxima entrega de diário político tem o prometedor título de A mulher e o preto e tem por alvo uma senhora ex-secretária de Estado do governo Guterres
Como os leitores porventura saberão o senhor Amadeo de Sousa Cardozo estudou no Porto, no liceu que mais tarde se chamaria D. Manuel e antes (e depois, singular mania!) Rodrigues de Freitas. Dele foram condiscípulos dois rapazes que mais tarde seriam figuras de alguma projecção na cidade, o Professor Doutor Francisco Coimbra e um exportador de vinho do Porto de que só se darão as iniciais: ACR. tal qual existem ainda numa sólida mala de viajem em bom e antigo couro. Durante todo o liceu foram inseparáveis e só a vida aventurosa de Amadeo e ACR um pelas Franças e outro pelos caminhos do filho família que se inicia nos negócios paternos (Wurzburg, Hamburgo e Heidelberg para aprender química do vinho, Rio de Janeiro e Londres para se familiarizar com os sócios estrangeiros e os segredos do import-export.).
Continuavam a ver-se os três, de longe em longe, ao sabor das idas e vindas do artista e do comerciante. E foi assim que, aquando da primeira (e única?) exposição (escandalosa) de Amadeo (no salão do Corpo da Guarda?) os seus dois antigos colegas muito em segredo mandaram alguém comparar duas telas do novel pintor. Terão sido, diz-se, os dois únicos trabalhos vendidos nessa 1º e pouco auspiciosa mostra do nosso maior pintor da primeira metade do século vinte.
Claro que ACR. achava o quadro péssimo. Para ele, como aliás confidenciou em 1956, até Ravel era demasiado moderno, o quadro tinha apenas o valor de ser pintado por um amigo que malgastava talento em cores tão violentas, em traços tão grosseiros em composições tão banais. E ainda por cima havia o problema do segredo da compra por mera amizade, caritativa amizade. Por isso o quadro adornava o escritório da adega na Casa do Torne, longe dos salões onde se recebiam amigos, associados e visitas.
Acontece porem que nos idos de cinquenta o quadro acertou no olho inocente mas aberto à novidade dum neto de ACR. Rapazola, pais longe da metrópole, liceal tresmalhado por colégios de sólida reputação educativo-coerciva, viu o trabalho, agradou-se dele, e tanto se agradou que o avô lho prometeu: “fica para ti, é do Amadeo, coitado, tão bom moço e com tanta pouca sorte”.
Anos passaram, o rapazola partiu para Coimbra, para aturar os lentes de Direito nos Gerais e, nos intervalos, meter-se nas políticas académicas, muito mexidas naquela época de inícios de sessenta. A crise de 62, deu-lhe o ensejo de se libertar da longínqua tutela do avô ACR que resolvera deslocar-se de propósito a Coimbra para pregar aos dois netos respeito pelas autoridades constituídas, pelo senhor Reitor, pelo Dr. Oliveira Salazar e pelo Senhor Cardeal Patriarca. E pela polícia também, acrescento eu.
Não teve êxito a embaixada aos jovens bárbaros o que provocou várias reacções de indignação de ACR que passou pela vergonha de ver um deles em Caxias por um par de semanas. O clima familiar degradou-se e os netos, ganha a alforria por via da política, rarearam fortemente as visitas ao chefe do clã familiar.
Continuando nessa senda de vício político e social, o neto futuro proprietário dum “amadeo”, entendeu anos depois casar-se pelo “civil”. Civilizada mas desafiadoramente comunicou tal intenção brejeira e imoral ao avô ACR que, em carta lacónica, lhe retorquiu não reconhecer quaisquer efeitos a esse acto de pura mancebia. O noivo, galispo e afrontador, cortou relações com o capitalista, conservador e catolicão . E os anos passaram.
E o primeiro divórcio chegou: punhalada nos princípios solidíssimos duma família portuguesa do Porto. Depois do amancebamento, a suprema afronta do divórcio. O neto divorciado regressou por algum tempo à casa paterna pois entretanto os pais tinham regressado à pátria e à cidade enquanto o velho avô por motivos de doença recolhia também ele à casa do filho. O reencontro temido e inesperado ocorreu sem dramas. Dum lado um jovem advogado esquerdista doutro um ancião carregado de anos e de Parkinson. E mudo como uma carpa, que a doença tem dessas manias. Até que um dia...
Um dia o neto chega à casa paterna com um disco de Marlene Dietrich. E movido por alguma recôndita mas sincera misericórdia põe-o a tocar para um avô de noventa e muitos anos. Subitamente a voz da divina Dietrich entra pela casa
Wenn die Soldaten
Durch die Stadt marchieren
Öffnen die Mädchen
Fenster und Türen
Como porventura o dr. Delfim Mendes saberá, ele há, de vez em quando, milagres ou, mais laicamente, prodígios inexplicáveis. O avô idoso e mudo desatou num parlapié em alemão de primeira que muito a custo foi acompanhado e secundado pelo neto, ex-aluno do Goethe Institut de Berlim nos idos de setenta. Horas a fio, com a Marlene de permeio, falaram avô e neto subitamente esquecidos da greve de 62, das prisões, dos casamentos e divórcios, da ortodoxia integrista duma Igreja muito portuguesa e do dr. Oliveira Salazar. E falaram de Camilo, de Beethoven, dessa divina blaue Engel, da avó Dora, do Xico Coimbra e, claro, do Souza Cardozo, reconfirmado legado ao neto mais velho.
Ao aproximar-se do primeiro centenário, ACR. entendeu finar-se tranquilamente numa luminosa manhã de inverno. Enterrado que foi, e passado o conveniente período de nojo, foi o neto pelo legado pois não quisera despojar a casa velha da família antes do dono, figurada mas definitivamente, a abandonar.
Do quadro nem rasto, como calcularão as leitoras gentis e especialmente a excelentíssima administradora Frau Kamikaze. Mão estranha resolvera libertar Amadeo do escritório da adega e rodeá-lo (ou rodear-se?) dos mimos devidos ao alto preço já então oferecido por qualquer obra do mestre. Sic transit gloria mundi: ou por palavras mais dia-a-dia: assim se lerpa um quadro que ficaria aqui tão bem junto a um outro que o gatuno não topou: um lindíssimo guache de Diogo de Macedo, que por ser muito art-deco estava já numa salinha do primeiro andar.
E a moral? Perguntará algum oblíquo leitor: ora a moral é chãmente esta: avô e neto estiveram vinte anos sem se falarem separados por trivialidades e ninharias. E se não fora o milagre de um anjo azul e decadentemente alemão nunca mais teriam conversado. Pior: nesse intervalo os bens familiares foram esbulhados de um quadro maravilhoso que ainda por cima retratava uma bela história de amizade. Para agradar a gregos e troianos aqui fica a prevenção: quem tiver olhos que veja e quem tiver ouvidos que ouça.
Vosso, sempre
D’Oliveira
Vai dedicada a Sílvia, Guilhermina e Liliana antecipando o dia 8 de Março.
Que os cavalheiros não se amofinem por desnecessários ciúmes. A próxima entrega de diário político tem o prometedor título de A mulher e o preto e tem por alvo uma senhora ex-secretária de Estado do governo Guterres
12 comentários:
Este postal d'Oliveira é comovente.
(Nós bem sabemos...)
Então o meu querido d'Oliveira andou a ler a parábola do semeador? (S. Lucas 8,4)? (desculpem...)
Que história! De desencontro e, sobretudo, de encontro!
Final nostálgico mas feliz! Graças à Marlene!
Recordei ( se é que me esqueço algum dia dele...) do meu querido avô João, João Lourenço, bravo navegante de sete mares...que acabou a vida em terra...e que me tinha um amor tão entranhado que, na sua velhice, e aquando da guerra colonial, queria à força ir em meu lugar...não fosse o neto
morrer em África.
Fiquei com os olhos molhados, D'Oliveira!
Ainda a tempo: Ó d'Oliveira: você está cá um Yourcenar!............
Dr. DLM agradeço as suas boas palavras mas, para que saiba, também eu li a Bíblia. Toda!
Dr. Nicodemos. V. verá, se tiver essa paciência de Job para me ler. O meu preto, real opo mais real possível, morreu, De morte matada, como diria amado, se o conhecesse. Mas a história não tarda e é, garanto-o , politicamente incorrecta.
Caro d’Oliveira adorei o seu texto!
A moral foi óptima e oportuna.
Muito obrigada pela dedicatória. Como estava embevecida com a história fiquei-o ainda mais por dedicar o texto às três mulheres aqui do Incursões. Por incrível que pareça nunca tinha feito essas contas. È verdade, somos apenas três!...
Foi lindo terminar essa história com a dedicatória a antecipar o dia 8 de Março.
Um abraço.
Alguém me explica o significado do dia 8 de Março ? Thanks...
Minha Cara Amiga (O.M.O): Três é um número perfeito como sabe. Como leitor desses gregos imortais lembrei-me imediatamente das 3 graças. O Dr Delfim Mendes falaria provavelmente da Trindade e por aí fora. O facto de haver apenas três mulheres no Incursoes diz muito de um certo modo de estar no munda e na vida mas também me faz verificar que as nossas três Mulheres valem por toda a coorte masculina. em tempos longínquos li um cavalheiro chinês que dizia que "as mulheres eram metade do céu". Dessa época guardo essa frase e acho que não perdi todo o meu tempo. Sou dos crêem firmemente nisso, na igualdade, na colaboração entre sexos, sans blague, e no progresso que isso poderá reperesentar. Venho de uma família onde as mulheres tem têmpera, força e cultura. E acho que fizeram homens razoáveis... Gaba-te cesto. No dia 8 de Março a minha mulher com um grupo de grandes amigas minhas (onde curiosamente também cabe a minha ex-mulher) fazem um grande jantar que deve ser divertidíssimo. Há maridos de cara à banda e eventualmente irritados por uma coisa tão natural como celebrar um dia da dignidade. Foi essa a ideia mestra desta dedicatória. Por simpatia, por solidariedade e por gratidão. Às três.
aproveito o ensejo para Lhe dizer que não consigo entrar no seu texto para comentar. Seguramente erro meu mas v. terá a paciência de ver se eventualmente não é azelhice minha.
Caro Dr DLM
O título é de facto uma homenagem a essa espantosa Yourcenar que eu tive a oportunidade de uma vez encontrar em Paris, no quartier latin numa livraria a autografar L'oeuvre au noir. Tenho ou tinha esse livro autografado. Digo tinha porque fui por ele e não encontrei o exemplar autografado. Espero que não tenha desaparecido mas que ande simplesmente perdido noutra estante. Chama-se a isto ter fé... coisa arriscada nos tempos em que vivemos. Como a esperança nos tempos futuros que nos animavam nos anos de chumbo e brasa...
Caro d’Oliveira,
Fui ver e realmente o meu post não aceitava comentários. Ele há cada post mais casmurro!...
Bom, há falta de saber fazer melhor, apaguei-o e voltei a colar. Não percebi como cheguei a essa solução, mas como isto da informática ainda está na idade infantil do experimenta até que consegues, eu consegui.
Fiquei curiosa de saber a sua opinião sobre o SIADAP.
Obrigada pelas suas palavras quanto ao que esta trindade vale. No que respeita a essa de “as mulheres serem metade do céu” bem, eu sempre ouvi os homens a dizer que as mulheres eram o céu. Falando a sério, também eu, como deve facilmente concluir, sou fervorosa defensora da igualdade, não fora a minha condição de mulher, condição essa que muito me honra. Trabalho habitualmente sobretudo com homens. Tendo a não diferenciar (no trabalho, entenda-se!) entre os sexos e não sou do tipo de me lamentar pelo facto de ter menos regalias ou direitos. Primeiro, porque não é o caso, segundo, porque sempre trabalhei para que fosse assim.
A frase era de Mao Zedong ou como prefiro de Mao Tse Tung. infelizmente vai-se sabendo o que realmente ele pensava...mas scripta manent.
Esqueci-me de traduzir o texto da Dietrich. Aqui vai para os pacientíssimos leitores uma tradução absolutamente literal.
Quando os soldados
desfilam pela cidade
abrem as raparigas
janelas e portas.
assim até os leitores mais anti-alemães podem perceber as palavras. Os umlauts em cima de algumas vogais poderiam ser substituidos pela vogal seguida de um "e". Tueren, Maedchen etc...
Brilhante, intimista qb, comovente... Danke.
Bitte sehr, gnadige Frau, bitte sehr.
Ora saia lá o tal texto sobre o fronteiro mor da bainharia :-)
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