"Foi só depois de um encontro da Organização da Conferência Islâmica que as caricaturas de Maomé publicadas num jornal dinamarquês se transformaram numa crise. As manifestações da ira muçulmana foram coordenadas por regimes interessados em travar pressões ocidentais para se democratizarem. Sem esta manipulação, as caricaturas teriam o efeito que começaram por ter no Egipto, em Outubro. Nenhum." (Público)
10 fevereiro 2006
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4 comentários:
Isso foi dito por um jornal americano que,significativamente, acrescentava ser tal reunião feita com o impedimento de a ela assistirem jornalistas.
O problema fundamental é outro.
Concordamos ou não que, para os crentes, o significado do sagrado é o único que dá sentido à sua existência?!...
E se ofendermos este significado, como ficará o sentido da vida para esses crentes?!...
Coloquemo-nos na posição desses crentes e, então, temos uma ideia sobre a questão.
o resto é conversa.
É isso, o Sagrado é o farol da existencia...assim, ninguém deve ultrajar esse mesmo Sagrado, o qual pode revestir diversos "rostos", mas a essência é apenas uma...
Não só farol, mas o próprio significado da existência. Então, não fomos criados por um Deus?!... E não vivemos, segundo a sua orientação?!... Não é assim que pensa um crente?!..
Logo, ofender o nosso deus ou o seu representante é como ofender o nosso pai, o nosso criador, o sentido que, como crentes, damos à nossa vida. É retirar-lhe a sua dignidade de crente.
Por mais voltas que alguns consigam dar, nenhuma retórica conseguirá justifcar a um crente essa ofensa. E quem não se ofende não é filho de boa gente.
As caricaturas nada têm a ver com a defesa da liberdade de imprensa, nem, como alguns dizem, da liberdade de poder blasfemar. Constituem, antes, uma falta de respeito por uma crença. E devemos, se formos civilizados, ter em conta o direito que um crente tem a que respeitem as suas convicções religiosas.
Mas também nada justifica esta onda de destruição. Ela constitui um desvio, pois todas as crenças pregam a tolerância e o amor. Compreende-se apenas o direito à indignação dos crentes.
Eu sou agnóstico, mas repeito as crenças.
Compadre, plenamente de acordo. Em poucas palavras, creio que disse tudo o que havia a dizer sobre a matéria. Com a sua habitual clarividência.
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