14 março 2006

BOLOR (diria Augusto Abelaira )


Ainda com os reflexos da “insegurança”, recordo aqui o desmantelamento progressivo do Estado (que obviamente se reflecte de modo negativo na protecção e bem estar dos cidadãos) da protecção social, os despedimentos, os baixos salários, a precariedade do trabalho. Afinal, tenho de reconhecer, Marx “tinha razão”: estamos a assistir ao estádio “superior” do capitalismo. Estas “OPAS” que andam “no ar” fazem-me concluir que estamos a assistir à criação de grandes monopólios no nosso País; e bem sabemos que estes não aspiram a facilitar a transferência do capital e, deste modo, a nivelar o lucro, mas a paralisar a acção da lei da concorrência e, assim, a subir o lucro.

Esta fase do capitalismo acabou com qualquer veleidade, que porventura tivéssemos, de poder ainda construir uma sociedade mais fraterna.
O Estado está em ruínas.

Manuela Ferreira Leite acabou agora de defender o fim da actividade do Estado em inúmeros sectores, a fim de diminuir o défice.

Tal é coisa fácil, afinal. Acabe-se com a intervenção do Estado na saúde, na educação. São logo dois sectores que absorvem os maiores recursos dentro da Administração Pública.

Privatize-se a Justiça – e entregue-se esta a economistas e a sociólogos, que farão a gestão da mesma em moldes “privadíssimos”.

Já agora, acabe-se com as Polícias – todas!

Viveremos à sombra da mão invisível do velho Adam Smith.

A barbárie espreita…

É assim que as Democracias morrem…

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