José Miguel Júdice - "Porque é livre como o vento" - no Público de hoje. Excerto da crónica:
«Os tempos estão podres. Mas, apesar disso - e nisso reside a esperança -, um pouco por todo o lado vai-se formando uma Irmandade de Homens Livres, vindos de partes diversas, muitos deles advogados, muitos deles habitados pelas memórias do que sofreram por causa de delitos de opinião, por causa de quererem resistir aos abusos e às prepotências, por estarem intoxicados pela liberdade e não pela podridão. Felizmente, e apesar de tudo, há sempre alguém que resiste, como escreveu um grande poeta pátrio, os que continuam a afirmar - pagando os preços inevitáveis - que a vida não vale a pena se tiver de ser vivida com alma de escravo, se deixarmos que nos cortem a raiz ao pensamento.»
1 comentário:
Infelizmente, eu não vejo uma Irmandade de Homens (e Mulheres) Livres, embora a busque.
O que vejo, isso sim, é cada vez mais homens e mulheres que só querem cheirar a "esperma e a 'bacalhau' e a álcool" e a terem ódio a quem lê (sim, ódio à simples leitura, que eles bastam-se com os "contactos") e se procura cultivar (e pensar) mais e mais.
Há sempre alguém que resite...
É verdade, mas não se encontram apoios dessa Irmandade (talvez apenas de um ou outro Bom Amigo) mas, muito pelo contrário, a crítica feroz daqueles do "esperma e do bacalhau e álcool" que nos chamam de "naíves" e querem que nos adaptemos ao seu mundo.
Portugal FEDE!
Enviar um comentário