ando no fio impossível
de uma espera atada a cada minuto
cada segundo se enfia na minha vida
contra a minha vontade
acrescenta-se em angústia à minha pele
olhar a porta
e não te ver entrar
magoa-me todos os dias
o desejo a acariciar-me
a memória e as coxas
e a boca
ah, as bocas
silvia chueire
02 maio 2006
no fio
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
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5 comentários:
A querida Sílvia faça-me o favor de não me vir para aqui com essas histórias de desejos e bocas e..e... as coxas....mais isto mais aquilo...ai que eu acabo de vir de um retiro e já estou a ter pensamentos pecaminosos...
Realmente, Silvia, isso não se faz. O Delfim andou a lavar a alma e, depois, estas coisas...
Tive que rir, vocês não têm mesmo jeito! : )
Caro Delfim, então o retiro não foi para casais?
E..Ah, esqueça eu ia perguntar algo mas já nem vou.
O fato é que apesar da presença do desejo no poema, ele é dorido.
Abraços,
Silvia
Eu já sabia que este poema ia dar nisto. O DLM está com uma primaverite das grandes. E o mafarrico do Carteiro, que a sabe toda, ajuda à festa!...
Primaverite, hem? Que diagnóstico!
"Ele" é bem verdade que a Primavera é perigosa...
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