“É humilhante para os portugueses a percepção que do exterior se tem de Portugal como um país em contínua degradação e declínio ao longo dos últimos anos”. Quem proferiu esta afirmação, acompanhada de muitos lugares comuns sobre a economia nacional e as debilidades portuguesas, foi Jack Welch, por muitos considerado o melhor CEO (chief executive officer) da gestão contemporânea.
Ora, este guru da estratégia empresarial, que depois de deixar a General Electric ganha a vida a dar conferências e palestras por esse mundo fora, deve ter passado os olhos por uns papers que lhe arranjaram sobre o nosso país, de que ele certamente pouco tinha ouvido falar, e veio dizer umas banalidades que deixaram os pessimistas nacionais embevecidos. Francamente, remunerá-lo em largas dezenas de milhar de euros para vir cá dizer o que nós sabemos melhor do que ele parece-me uma oportunidade deitada fora. Teria sido bem mais útil se tivesse dissertado sobre as suas experiências concretas de gestão e relatasse aos nossos gestores algumas das boas práticas que implementou ao longo da carreira.
Mas como estamos em maré de seguir os gurus, fazem-se anunciar de novo os célebres mentores do Compromisso Portugal, essa estrutura inócua e sem escrutínio que junta uns gestores que gostavam de ser políticos (mas ir a votos é uma chatice...) e que acham que, do alto da sua sapiência, têm receita fácil para todos os males do país. Mais tempo de antena para os interesses pessoais e empresariais de António Carrapatoso, Diogo Vaz Guedes, Filipe de Bottom, Alexandre Relvas e alguns mais. É o social travestido de serviço público.
Ora, este guru da estratégia empresarial, que depois de deixar a General Electric ganha a vida a dar conferências e palestras por esse mundo fora, deve ter passado os olhos por uns papers que lhe arranjaram sobre o nosso país, de que ele certamente pouco tinha ouvido falar, e veio dizer umas banalidades que deixaram os pessimistas nacionais embevecidos. Francamente, remunerá-lo em largas dezenas de milhar de euros para vir cá dizer o que nós sabemos melhor do que ele parece-me uma oportunidade deitada fora. Teria sido bem mais útil se tivesse dissertado sobre as suas experiências concretas de gestão e relatasse aos nossos gestores algumas das boas práticas que implementou ao longo da carreira.
Mas como estamos em maré de seguir os gurus, fazem-se anunciar de novo os célebres mentores do Compromisso Portugal, essa estrutura inócua e sem escrutínio que junta uns gestores que gostavam de ser políticos (mas ir a votos é uma chatice...) e que acham que, do alto da sua sapiência, têm receita fácil para todos os males do país. Mais tempo de antena para os interesses pessoais e empresariais de António Carrapatoso, Diogo Vaz Guedes, Filipe de Bottom, Alexandre Relvas e alguns mais. É o social travestido de serviço público.
2 comentários:
Permita, caro JCP que discirde ligeiramente. Os Carrapatosos &alia que vem dizer coisas são capitalistas, isto é trabalham com o capital, advogam a economia do capital e propõem soluções para os interesses do capital. Não são "social" são económico! Social seria um, p.ex. PCP.
A menos que V. queira faar do jet set (enfim da caricatura de jet set que por cá temos, coitados...) e use social nessa acepção. Permita-me se for este o caso nova discórdia. Estes cavalheiros não se misturam com as alquebradas aventesmas do jet. Ou melhor podem de vez enquando usar as menos estragadas dessas criaturas mas de facto o que eles querem é pôr o economico a gerir o político e o social.
E permita-me finalmente dizer que o actual governo segue-lhes demasiadamente as pisadas o exemplo e o modelo político.
Caríssimo JCP:
Segundo o inefável António Carrapatoso, da Vodafone, Portugal “continua com atrasos estruturais significativos” e mantém “divergências económicas não só face a outros países mas também face ao potencial do País” – fonte: Diário Digital.
Monsieur de la Palisse! Et voilá!
Agora, atentem bem no que vai aqui de “subliminar”:
“Ainda assim, um dos principais pontos de mudança apontados é a diminuição do «excessivo peso do Estado». «Há áreas em que o Estado pode ser um garante do serviço, mas não tem que ser o prestador», adiantou Carrapatoso.
Ora, está o JCP a ver? O que estes rapazes querem é vender os seus serviços ao Estado mas, para tal, este tem de desmantelar os seus próprios serviços… e, posteriormente, aqueles rapazes irão cobrar bem os “serviços” prestados…Veja-se o seguinte: o Estado tem ao seu serviço, em determinada Secretaria-Geral, e na respectiva Direcção de Serviços Jurídicos, um grupo (geralmente pequeno…) de consultores jurídicos, em íntima e estreita ligação com os respectivos Secretários-de-Estado e Ministro, os quais, pelo preço da “uva mijona” elaboram pareceres, contestações, alegações, vão a Tribunal por esse País fora, representando o Ministério. Ora, se for uma sociedade de advogados a fazer isto…vão ser milhões que, anualmente, o Estado irá ter de pagar…daí aquela afirmação do Júdice e apaniguados…eles passam a vida a dizer que o Estado é enorme para, em fase posterior ao respectivo “emagrecimento”, venderem ao mesmíssimo Estado, os seus “produtos”…
Livrem-nos dos liberais!
Para Setembro, lá teremos de aturar estes rapazes, na Convenção do Beato 2006…Carrapatosos e Ludgeros…
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