09 junho 2006

Portugal: terra dos (des)enganos.



Atendendo aos soturnos lamentos de Marcelo, aqui se colocam uns versos de Álvaro de Brito Pestana, retirados da “Antologia do Cancioneiro Geral” (Editora Ulisseia 1994) de Garcia de Resende, publicado pela primeira vez em 1516.
Foi ontem, pois o Tempo, “esse grande escultor”, tudo relativiza…

Para que ele veja que não está só no seu lamento…

"Não sei quem possa viver
Neste reino já contente,
Pois a desordem na gente

não quer leixar de crescer;
A qual vai tão sem medida
que se não pode sofrer:
Não há i quem possa ter
Boa vida."


Nota: a imagem diz respeito às folhas iniciais do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende. No centro da imagem vê-se o escudo das armas reais portuguesas, tendo na parte inferior a divisa de D. Manuel- a esfera armilar.

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