Hoje tive consulta no Hospital. Já não é nada de grave e, por isso, não estava particularmente ansioso. Bem sei que a consulta estava marcada para as 8.30h. Toda a gente tem a mesma hora marcada. O Serviço fica inundado de gente. Já aprendi. Só chego pelas 10 horas e normalmente sou atendido pelas 12 horas. Sinceramente, não me importo. É que sou bem atendido pelo médico e admiro o seu profissionalismo e competência. Sei que, antes das consultas, há cirurgias. E que as urgências passam à frente. Não sei se o Serviço podia ser melhor organizado (não sou espcialista, mas acredito que sim!), mas é intolerável ouvir as pessoas que esperam. Barafustam, dizem palavróes, ameaçam agressão. A intolerância reina, como pontifica a má educação. Somos um povo iletrado, pois, em qualquer outro lado (conheço o exemplo do Luxemburgo), não havia alteração da tranquilidade pública, verificar-se-ia é que, quem se sentisse lesado, registaria por escrito as suas queixas. Mas cá ninguém põe por escrito as reclamações. Pelo meio do povo (que espera e ... fuma!), passam os doentes a caminho do bloco operatório. Passado algum tempo, regressam combalidos. Mas ninguém reduz o som, a confusão, os protestos. O sofrimento dos outros deveria merecer o nosso respeito. Ainda me lembro de quão desagradável para mim foi passar pelo meio da turba a caminho do bloco (aquele cheio a tabaco; aquela vozearia, ...)
Devo dizer que o Hospital pode não funcionar bem, mas o acto médico tem qualidade, por isso respeito quem exerce a medicina no Hospital e admiro a paciência que revelam.
Hoje tive de intervir com calma, para explicar às pessoas que os médicos estavam a trabalhar e que todos iam ser atendidos. Consegui reduzir um pouco a confusão e lá consegui ir lendo a "Ius Canonicum" (+/- 150 pp.). O tempo dá para tudo!
20 julho 2006
Manhã no Hospital
Marcadores: mocho atento
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3 comentários:
leituras eruditas, caro Mocho, para quem espera e ...desespera. Espero que não seja nada de grave.
Obrigado MCR. Nada de cuidado! Tenho de voltar em Novembro. Mas agora será rotina, espero eu!
Temos aqui o mesmo problema,e as pessoas também se impacientam com a demora. Talvez não tanto quanto você descreveu.
Espero que tudo tenha corrido muito bem.
Abraços,
Silvia
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