I
"Agradecemos a resposta das forças de segurança sírias", declarou Rice, obrigada pelas circunstâncias a inflectir o tom impositivo e censório que a Casa Branca tem adoptado em relação ao regime de Assad, suspeito de ingerência no Líbano e de fomentar o terrorismo internacional.
A esta reacção americana, face ao atentado que ocorreu junto à sua embaixada em Damasco, os dirigentes Sírios disseram que "É lamentável que as políticas americanas no Médio Oriente encorajem o extremismo, o terrorismo e o sentimento anti-americano", e que "os EUA deveriam aproveitar para rever as suas políticas no Médio Oriente, começarem a analisar as raízes do terrorismo e negociar uma paz global no Médio Oriente". Era bom, para a América e para todos, que os EUA seguissem por esse caminho, e que procurassem fazer dos países árabes aliados no combate ao terrorismo, em vez de os hostilizar e assim fortalecer o próprio terrorismo.
II
Durante um congresso de sindicalistas, no Sul de Inglaterra, o primeiro-ministro inglês foi fortemente assobiado e vaiado. Quando Blair começou a falar alguns sindicalistas abandonaram o congresso e provocaram a interrupção dos trabalhos.À saída, o líder sindical Bob Crowe disse que a decisão de abandonar a sala e não colocar os protestos directamente ao governante, na sessão de perguntas e respostas, foi "inevitável". "Eles não aceitam perguntas da natureza que queremos fazer", disse Crowe, que acrescentou não ter vontade de falar com quem "gasta milhares de milhões de libras na guerra contra o Iraque e não naquilo que deve. Nós fundámos o Partido Trabalhista e ele tirou-nos de lá".
Perante isto, também Blair se prepara para sair (está a ser empurrado) pela porta pequena. É esta, mais tarde ou mais cedo, a sina dos governantes que não falam verdade ao povo.
13 setembro 2006
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Marcadores: O meu olhar
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