Pannonica
Isto deveria chamar-se “a última aristocrata” ou “a última grande senhora” para, de facto, render um mínimo de justiça a uma grande mulher cuja vida se confunde com o jazz e com a resistência.
Falo-vos de Pannonica de Koenigswarter, filha de um Rotschild, cientista e boémio. O Koenigswarter vem-lhe do marido, Jules. Ambos fizeram parte desse pequeno mas admirável grupo de resistentes da primeira hora, juntando-se a De Gaulle. A lenda (e quiçá a verdade) conta que Jules aviador de bombardeiro levava como passageira e co-piloto Pannonica. De todo o modo é verdade que ela serviu nas Forças Francesas Livres.
Depois da guerra enquanto Jules Koenigswarter ocupava o seu lugar de embaixador, Pannonica instala-se em Nova Iorque e frequenta os meios do jazz. Trava amizade com um grande número de músicos, alberga-os em sua casa, onde aliás dois deles (e dos maiores!) morrerão: Charlie Parker e Thelonius Monk.
Entretanto Pannonica fotografava esses seus amigos com uma polaróide e guardava a fotografia num caderninho juntamente com as respostas que eles lhe davam a um pequeno questionário, sempre o mesmo: três votos para o futuro.
Suponho que o seu nome “Pannonica” ou alguns diminuitivos (“Nica” por exemplo) é o mais citado de todos os nomes verdadeiros na história do jazz. Conhecem-se vinte e dois temas com este título. Era a homenagem possível dos músicos à grande Senhora que os protegia, estimava, admirava e entendia.
Agora, acaba de sair em França um edição destas fotografias e pequenas entrevistas graças ao cuidado de uma neta de Pannonica.
Os amantes do jazz particularmente e os da cultura, em geral, bem farão em não perder esta edição única.
Panonnica de Koenigswarter.Les musiciens de jazz et leurs trois voeux., prefácio de Nadine de Koenigswarter, edição Buchet-Chastel, 314 pp., € 35.
O texto acima deve muito (mas não tudo, quand-même!) ao artigo saído no “Le Monde” em 11.12.2006 e da autoria de Francis Marmande (ed de 12.12.06)
Falo-vos de Pannonica de Koenigswarter, filha de um Rotschild, cientista e boémio. O Koenigswarter vem-lhe do marido, Jules. Ambos fizeram parte desse pequeno mas admirável grupo de resistentes da primeira hora, juntando-se a De Gaulle. A lenda (e quiçá a verdade) conta que Jules aviador de bombardeiro levava como passageira e co-piloto Pannonica. De todo o modo é verdade que ela serviu nas Forças Francesas Livres.
Depois da guerra enquanto Jules Koenigswarter ocupava o seu lugar de embaixador, Pannonica instala-se em Nova Iorque e frequenta os meios do jazz. Trava amizade com um grande número de músicos, alberga-os em sua casa, onde aliás dois deles (e dos maiores!) morrerão: Charlie Parker e Thelonius Monk.
Entretanto Pannonica fotografava esses seus amigos com uma polaróide e guardava a fotografia num caderninho juntamente com as respostas que eles lhe davam a um pequeno questionário, sempre o mesmo: três votos para o futuro.
Suponho que o seu nome “Pannonica” ou alguns diminuitivos (“Nica” por exemplo) é o mais citado de todos os nomes verdadeiros na história do jazz. Conhecem-se vinte e dois temas com este título. Era a homenagem possível dos músicos à grande Senhora que os protegia, estimava, admirava e entendia.
Agora, acaba de sair em França um edição destas fotografias e pequenas entrevistas graças ao cuidado de uma neta de Pannonica.
Os amantes do jazz particularmente e os da cultura, em geral, bem farão em não perder esta edição única.
Panonnica de Koenigswarter.Les musiciens de jazz et leurs trois voeux., prefácio de Nadine de Koenigswarter, edição Buchet-Chastel, 314 pp., € 35.
O texto acima deve muito (mas não tudo, quand-même!) ao artigo saído no “Le Monde” em 11.12.2006 e da autoria de Francis Marmande (ed de 12.12.06)
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