Até os melhores falham ou
para a próxima corre melhor ou
mcr ri-se que nem um cabinda
para a próxima corre melhor ou
mcr ri-se que nem um cabinda
Uma vez não são vezes mas desta confesso que quase acreditei que uma andorinha pode fazer a primavera. Como alguma leitora mais atenta recordará, vim até Lisboa com vários objectivos, ver a família, assistir à festa de lançamento da Sudoeste, editora do meu quase irmão João Rodrigues e estar com a Kami e o JAB por ocasião de mais uma apresentação do “13º passageiro”. Desta vez a coisa era em Sintra, sob a dupla égide de Eça no hotel Lawrence e do rei D Fernando, o 2º, o alemão, quase a única criatura digna da 4ª dinastia.
Para quem não teve o prazer e o privilégio de assistir a uma actuação em duo da Kami e do JAB nestas coisas de livros sempre se dirá que eles agora, se divertem em fazer uma primeira parte em power point fartamente interessante ao que pude entrever e sobretudo adivinhar. Parece mesmo que já estão tão calhados, tão entrosados, que se podem dar ao luxo de evitar o aborrecimento de testar com demasiada antecedência o seu pirotécnico espectáculo.
Isto é: podiam ou podem desde que isso não ocorra em Sintra e sob o atento e espantado olhar de mcr o analfabeto usuário de mac Intosh...
De facto, e para abreviar, lá nos encontramos à hora aprazada e depois dos cumprimentos da praxe rumámos à sala do acto apresentador. Aí a Kami sacou do seu computador, um maquinismo ibm se bem recordo e verificou contristada que se esquecera do cabo para ligar à corrente. Um espectador vindo do norte, apontava, in immo pectore, esta falha e ria-se escarninho mas só para dentro, para não desanimar a bonita artista. Todavia, alguém, mais previdente, um nativo local, desencantou um cabo e a coisa recompôs-se. Tratava-se em seguida de ligar o computador a um retroprojector coisa que pareceu correr sem dificuldade. Pareceu..., pareceu aliás por pouco tempo porque o dito retroprojector não reconhecia o computador maravilhoso, o pc portátil que não cai na asneira de ser mac! Aquilo era uma desbunda de dar ao botão, ligar, desligar e nada! No ecrã apareciam umas letrinhas a dizer que para lá do retroprojector aborígene tudo era “silêncio, escuridão e nada mais”. Um fantasma rondava por Sintra a bela como outrora outro andou há pouco mais de um século a assustar a Europa. Infelizmente este mais recente não teve nenhum Karl para o explicar mas apenas o modesto escriba que estas vai alinhando.
E se mudássemos de computador?, sugeriu alguém. É isso concordaram várias vozes perante a ignorância espantada do cronista. E veio outro computador. Com uma pen transferiu-se o artístico trabalho da engenheira Kami para o novo maquinismo que, como de costume, não pertencia à minoritária família mac. Copiou-se a apresentação, testou-se no novo computador, desta vez local, nativo, como o retroprojector, convencida toda a gente que entre sintrenses as coisas correriam melhor. Não correram.
No ecrã fatal (também de Sintra há que informar) “nem uma agulha bulia na quieta melancolia” da imensidão branca e vazia.
Bom, vai mesmo sem apresentação, decidiu JAB que olhava alarmado para o inexorável relógio e para um público impaciente. E foi. E foi bem porque o JAB tem várias qualidades que fazem o cronista ficar verde (o que em Sintra é aliás conveniente e muito cor local) de inveja: tem humor, tem segurança, tem verve para já não falar noutras qualidades que o distinguem. Mais uma vez o escutei com sincero prazer e o mesmo terá sucedido com a restante plateia. En fim, como quase toda, porque atrás de mim pareceu-me sentir uma má onda de profunda irritação. A autora, uma bonita senhora cujo nome misericordiosamente ocultarei, parecia querer gritar: porque é que não uso um Macintosh, porque é que não dou ouvidos ao mcr sempre tão prestável e bom conselheiro?
O resto do encontro decorreu muito bem e só pecou por curto. Curto mas provando que não havia arcas encoiradas. Jantei em óptima companhia e de borla! quem pode querer mais?
na gravura: uma modesta fotografia de um modesto mac book pro, objecto em voga entre índios, silvícolas e outros bárbaros pouco dados à informática. "Try a mac, K!, try a mac..."Para quem não teve o prazer e o privilégio de assistir a uma actuação em duo da Kami e do JAB nestas coisas de livros sempre se dirá que eles agora, se divertem em fazer uma primeira parte em power point fartamente interessante ao que pude entrever e sobretudo adivinhar. Parece mesmo que já estão tão calhados, tão entrosados, que se podem dar ao luxo de evitar o aborrecimento de testar com demasiada antecedência o seu pirotécnico espectáculo.
Isto é: podiam ou podem desde que isso não ocorra em Sintra e sob o atento e espantado olhar de mcr o analfabeto usuário de mac Intosh...
De facto, e para abreviar, lá nos encontramos à hora aprazada e depois dos cumprimentos da praxe rumámos à sala do acto apresentador. Aí a Kami sacou do seu computador, um maquinismo ibm se bem recordo e verificou contristada que se esquecera do cabo para ligar à corrente. Um espectador vindo do norte, apontava, in immo pectore, esta falha e ria-se escarninho mas só para dentro, para não desanimar a bonita artista. Todavia, alguém, mais previdente, um nativo local, desencantou um cabo e a coisa recompôs-se. Tratava-se em seguida de ligar o computador a um retroprojector coisa que pareceu correr sem dificuldade. Pareceu..., pareceu aliás por pouco tempo porque o dito retroprojector não reconhecia o computador maravilhoso, o pc portátil que não cai na asneira de ser mac! Aquilo era uma desbunda de dar ao botão, ligar, desligar e nada! No ecrã apareciam umas letrinhas a dizer que para lá do retroprojector aborígene tudo era “silêncio, escuridão e nada mais”. Um fantasma rondava por Sintra a bela como outrora outro andou há pouco mais de um século a assustar a Europa. Infelizmente este mais recente não teve nenhum Karl para o explicar mas apenas o modesto escriba que estas vai alinhando.
E se mudássemos de computador?, sugeriu alguém. É isso concordaram várias vozes perante a ignorância espantada do cronista. E veio outro computador. Com uma pen transferiu-se o artístico trabalho da engenheira Kami para o novo maquinismo que, como de costume, não pertencia à minoritária família mac. Copiou-se a apresentação, testou-se no novo computador, desta vez local, nativo, como o retroprojector, convencida toda a gente que entre sintrenses as coisas correriam melhor. Não correram.
No ecrã fatal (também de Sintra há que informar) “nem uma agulha bulia na quieta melancolia” da imensidão branca e vazia.
Bom, vai mesmo sem apresentação, decidiu JAB que olhava alarmado para o inexorável relógio e para um público impaciente. E foi. E foi bem porque o JAB tem várias qualidades que fazem o cronista ficar verde (o que em Sintra é aliás conveniente e muito cor local) de inveja: tem humor, tem segurança, tem verve para já não falar noutras qualidades que o distinguem. Mais uma vez o escutei com sincero prazer e o mesmo terá sucedido com a restante plateia. En fim, como quase toda, porque atrás de mim pareceu-me sentir uma má onda de profunda irritação. A autora, uma bonita senhora cujo nome misericordiosamente ocultarei, parecia querer gritar: porque é que não uso um Macintosh, porque é que não dou ouvidos ao mcr sempre tão prestável e bom conselheiro?
O resto do encontro decorreu muito bem e só pecou por curto. Curto mas provando que não havia arcas encoiradas. Jantei em óptima companhia e de borla! quem pode querer mais?
nota: caro Nicodemos senti a sua falta, vamos lá a ver se para a próxima tenho o prazer da sua companhia.
2 comentários:
Bom dia MCR.
O JAB, entre a nora dos tribunais, que puxa qual burro vendado, e a escrita, a que se dedica, analfabeto, com a felicidade de não saber ler o que escreve, fica desvanecido quando vê amigos falarem de si. O Mundo em Gavetas é, para já, a intranquilidade fazedora da Kamikazee e este escrevinhador. Comecei a minha vida em Sintra com um escritório no que era uma loja de queijadas. Jurei voltar, a sonhar cm travesseiros. São bons, deixam açucar agarrado aos dedos! Lambendo-os, lambemos as feridas de tanto se escrever para tão pouco se ler.
P. S. Já agora, como é que se escreve à MCR? Fico verde, de não ser capaz!
Estamos os dois verdes. É ecologico ainda por cima. ou de como a inveja, de pecado capital se transformou em virtude cívica e politicamente correcta. Um grande abraço, JAB. E repito: gostei de tudo: da apresentação, do livro e do jantar.
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