Segundo o “Público” de hoje, o Presidente da AR “prende” a lei da interrupção voluntária da gravidez no Parlamento, dando cumprimento a uma norma regimental que, segundo o mesmo diário, raramente é observada.
Da notícia resulta claro que o objectivo é evitar que um eventual pedido de apreciação da lei pelo TC seja efectuado pelos actuais juízes, que já se pronunciaram, favoravelmente, quanto à questão colocada a referendo.
Ou seja, o tempo ganho com retenção da lei no Parlamento mais o tempo que o PR tem para a enviar para o TC faz com que esse eventual pedido seja observado pelo novo TC, o que pode dar alguma esperança aos que perderam no referendo.
Perante os factos, tudo leva a crer que estamos perante uma tentativa de aplicação do princípio: “Deus escreve direito por linhas tortas”
17 março 2007
O Parto Difícil da Lei da IVG
Marcadores: direito/justiça/judiciário, O meu olhar, política
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1 comentário:
Talvez o senhor que prende a lei se considere a vera caneta de deus Pai.
pouco tempo antes do 25 A havia um ministro ou secretário de estado ou algo do mesmo impensável teor que se proclamava orgulhosamente a "caneta do senhor presidente do conselho". Pelo que fui vendo da criatura aquilo era mais esferográfica de saldo mas enfim...
Prazer em relê-la, cara amiga. Como sempre, de resto...
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