16 maio 2007

Farmácia de Serviço 32


O Pedro Sousa Pereira continua a fazer das suas. Desta feita ilustrou mais uma história de Jorge Araújo, outro que tal. Já tinham feito a meias “Comandante Hussi” (Quetzal) e por aí já lhes chegaram excelentes criticas e, acaso, um prémio. Desta vez reincidem com uma história fabulosa (o Araújo tem uma imaginação transbordante e o Pedro responde-lhe à letra com uns desenhos que só é pena ficarem tão pequenos quando impressos) sobre um bando de garotos patriotas em Cabo Verde. É de ler e chorar por mais!
Este Pedro é, logo se vê pelo tom babado, uma espécie de sobrinho, filho dum escultor que de vez em quando qual fantasma de Canterville visita estas páginas. Conheci-o no dia em que ele anunciava à paternidade a sua chegada a uma espécie de maioridade: “Pai, já calço quarenta e cinco!”
Fora isso e o facto de usar gabardina na praia, nada o distinguia dos adolescentes chatíssimos que circulavam pela praia de Moledo. Com o tempo fez-se um excelente jornalista e um óptimo ilustrador. É por isso e não por ser filho de quem é, ou por calçar 45 biqueira larga, que tem entrada aqui na farmácia. Aqui, já se disse, só entram mezinhas de comprovado efeito clínico. Para favores dirijam-se aquele escárnio que agora o Público edita e que substitui o desinfeliz mil folhas. Ou seja, o jornal de referência foi de cila para caribdis no que toca a suplemento cultural.

Na gravura: o novo livro da dupla Araújo & Pereira. Ó malta, eu é como se lá estivesse, mas como já li o livro, baldo-me à multidão que vos vai ouvir.

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