Há muitos anos, tinha chegado á conclusão de que não valia a pena tratar de assuntos relativos à regulação de poder paternal. E, por isso, endossava as questões para outros. Mas o destino prega-nos partidas e há pessoas a quem não podemos recusar um pedido.
O Tribunal de Família não mudou. Muito discurso, muito subjectivismo, muito relatório social! Muito pouca atenção às crianças e à necessidade e dever de educação!
A falta de bom senso dos progenitores (palavra "esquisita") leva a um beco sem saída nas situações que nenhum tribunal pode resolver com base na letra da lei ou da autoridade do Estado.
Choca-me que haja decisões que, com base em pareceres "técnicos", determinem que crianças sejam retiradas à força do seu meio familiar e social para que possam ser "visitadas" por um dos progenitores. Esta violência (ainda que legal e juridicamente fundamentada) é, para mim, absurda. Nenhuma relação de afecto entre pais e filhos se estabelece com a autoridade da polícia.
Às vezes, tenho a sensação de que não está em causa o "superior" interesse da criança, mas o absoluto escopo de garantir a autoridade do Estado.
Há dias, um ilustre magistrado, no uso do seu direito de conciliação, expressava a sua convicção de que em matéria de educação as questões são simples de resolver. Por exemplo, se um dos pais é religioso, na semana em que tenha a guarda, a criança ia à catequese; na outra semana iaao futebol!!! E assim por diante !!! Creio que não é possível educar uma criança nesses termos. Falta consistência na orientação.
04 junho 2007
Poder paternal
Marcadores: mocho atento
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6 comentários:
Hoje, já ninguém lê Piaget, Kohlberg, George Mauco ou Winnicott.
Ainda há quem pense que a psicologia e a psicanálise só se resumem ao que foi dito por Freud ou Lacan ou Melanie Klein. Julgam que são meras técnicas de tratar doenças e não ciências ou conhecimentos para a compreenção do desenvolvimento emocional da criança e ter uma boa noção de como funcionam crianças normais ou as que precisam de ajuda.
As consequências desta ignorãncia são terríveis e, como todos sabemos, a ignorãnca desenvolve os preconceitos com que nos deparamos todos os dias.
A propósito, talvez seja de ler o oportuno post de Catarina de Albuquerque, intitulado "Sexo, Crianças e Tribunais", no:
http://www.causa-nossa.blogspot.com/
È interessante que, ao revisitar de propósito um manual de psicologia do meu tempo (e já sou velhinho) já se teorizava sobre muito do que é defendido na Declaração dos Direitos da Criança. Não sei se estamos a evoluir, se a regredir. Penso que esta moda do jet sete, ao estender às profissões bem pagas os holofotes das passerelles, desenvolveu nestas últimas a “doença” das “tiradas” que caracterizam aquele.
...e bom senso.
...e destanciamento.
Nada pior do que os operadores judiciários falarem dos seus próprios filhos.
Boa noite
Eu sou mãe de 3 crianças e estou separada a dois anos e meio... fiquei com o poder paternal e seu exercicio e o pai ficou de pagar uma pensao de alimentos que nao paga a um ano ( esta em tribunal) agora é assim será que á uma lei que obrigue o pai a cumprir as visitas e nao possa mandar msg de estilo .. "por motivos alheios a minha vontade nao os posso ir buscar"...não consigo ter sossego nem os pequenos, nunca sabemos quando aparece.
Dos meus tres filhos, tenho dois diferentes e um deles(12anos) tem de ter uma vida de rotina, porque se quebra a rotina ele perde-se completamente fica violento, inseguro e com auto-estima em baixo e depois cá estou eu e os porfessores para o embate.. se o pai fosse responsavel e cumpri-se as visitas entrava na rotina dele, pk eles precisam de um pai e desde que me separei eu noto que a figura paternal para os meus filhos é o meu pai, eles fazem dezenhos, jogam a bola, brincam,vêm futebol e o que me fez acreditar e o que me fez ver que o meu pai é a figura paternal para os meus filhos, foi na altura de fazerem na escola um trabalho para o dia do pai e eu chegar a escola tinha dois a chorar e fui perguntar o porquê, e onde a professora me disse que eles nao queriam dar a prenda ao pai, mas sim ao avô, eu so disse a professora não vale a pena contrariar eles dão aquem eles mais se identificarem e gostarem, entramos no carro e quando parei o carro em casa, sai e fui abrir as portas do carro, eles sairam a correr e foram logo dar a prenda com medo que eu nao deixasse.
Eu vejo pais a pedir mais tempo com os filhos pk é pouco eu é ao contrário quero que o pai dos meus filhos seja respónsavel e tenho obrigações e direitos para com eles, pois eu defendo que todos têm direito a ter pais...enfim...devia de existir multas ou outro tipo de penalização para este tipo de situações.. eu nao sou super mãe
Cumprimentos
renata
ola renata, tenho uma filha de treze e debato-me com uma situação igual à tua, mas à já onze anos. Este ano, e devido às ausências do pai,o comportamento dela piorou bastante.Ando em tribunal apresentei documentos em como n participa em nada, mas a doutora juíza deliberou que eu é que n deixo a filha ver o pai e quero é a pensão, isto sem ler o processo pois a senhora estava sempre a dizer que n percebia
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