A receita de hoje, vai parecer bem magrinha a quem (se há alguém aí desse lado) frequenta este estaminé. Tempos duros, difíceis, tempo de vacas magras e políticos gordos, mas isso é outro falar, cala-te boca, juízo, juizinho, que ainda te arrependes que “os de cima”, como dizia o B. B. (o de Augsburg, já falecido...) ainda te açulam a canzoada que medra por essa jornalada, atrás de tudo o que mexe, parece que é por via da iníqua liberdade de imprensa, da nossa imprensa ainda ontem saída da mordaça e com hipóteses de para lá voltar, uma imprensa bisbilhoteira é uma imprensa má, irresponsável, carteira profissional em cima deles, chicote, “knut” para citar um saudoso e desmilinguado ex-militante do partidão que agora professa uma sã aversão às extravagancias da liberdade, enfim deixemos isto que não vale a tinta metafórica que neles se gasta.
E vamos ao que interessa, Eric Tanguy, diz-vos alguma coisa? A mim também não dizia nada, raspas de nada até há uns dias em que ainda sem saber o nome da criatura vi um extraordinário Michel Blanc recitar acompanhado de uma orquestra um texto que me pareceu lindíssimo. Texto e música, já agora. Música da boa, pelo menos para mim, que não sou assim tão boa boca como isso. Numa segunda vez, também em zapping, voltei a apanhar este trecho. Sempre no mezzo, se não erro.
Raios parta isto, murmurei in imo pectore, que diabo será isto?
O diabo que, como sabem, anda de monco caído, com a desclassificação vaticana do inferno, agora ouve toda a gente. E já não é preciso vender-lhe a alma para ele, anjo decaído e decadente, fazer um jeito. E fez.
Apanhei, de cabo a rabo, o monodrama (é assim que lhe chamam) Senéque, dernier jour.
Recitante Michel Blanc acompanhado pela Orquestra da Bretanha. Música de Eric Tanguy sobre um libreto de Xavier Couture.
Tentei ver se há disco por aí. Niente, pelo menos nos locais do costume nem sequer na abeillemusic...
Para quem conheça os costumes do programa mezzo é fácil perceber que eles voltarão a transmitir este concerto. Não o percam. Uma pessoa faz as pazes (se é que alguma vez as cortou...) com a música contemporânea.
A gravura é de um disco de Eric Tanguy
E vamos ao que interessa, Eric Tanguy, diz-vos alguma coisa? A mim também não dizia nada, raspas de nada até há uns dias em que ainda sem saber o nome da criatura vi um extraordinário Michel Blanc recitar acompanhado de uma orquestra um texto que me pareceu lindíssimo. Texto e música, já agora. Música da boa, pelo menos para mim, que não sou assim tão boa boca como isso. Numa segunda vez, também em zapping, voltei a apanhar este trecho. Sempre no mezzo, se não erro.
Raios parta isto, murmurei in imo pectore, que diabo será isto?
O diabo que, como sabem, anda de monco caído, com a desclassificação vaticana do inferno, agora ouve toda a gente. E já não é preciso vender-lhe a alma para ele, anjo decaído e decadente, fazer um jeito. E fez.
Apanhei, de cabo a rabo, o monodrama (é assim que lhe chamam) Senéque, dernier jour.
Recitante Michel Blanc acompanhado pela Orquestra da Bretanha. Música de Eric Tanguy sobre um libreto de Xavier Couture.
Tentei ver se há disco por aí. Niente, pelo menos nos locais do costume nem sequer na abeillemusic...
Para quem conheça os costumes do programa mezzo é fácil perceber que eles voltarão a transmitir este concerto. Não o percam. Uma pessoa faz as pazes (se é que alguma vez as cortou...) com a música contemporânea.
A gravura é de um disco de Eric Tanguy
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