Enviaram-se um e-mail com um artigo de Elisa Ferreira, publicado no Jornal de Notícias, de 25/05/2007, a dar conta de um facto estranho. Diz assim:
“… um grupo de amigos, todos gente madura e responsável, organizou um jantar num restaurante popular perto do Porto em que foram mal e grosseiramente atendidos; tendo pedido o livro de reclamações, só após hora e meia de espera e insistência acabaram por conseguir obtê-lo e nele escrever a merecida nota de protesto; passados meses, o cliente signatário da reclamação recebeu uma notificação do tribunal informando-o de que contra ele tinha sido apresentada uma queixa pelo dono do restaurante a acusá-lo de ter dado má imagem ao restaurante e prejudicado o seu negócio com o reiterado pedido do dito livro! Resultado: apesar das testemunhas abonatórias e da credibilidade das pessoas em causa, a decisão do tribunal foi no sentido de condenar esses clientes mal servidos e maltratados a uma indemnização do restaurante em 300euros!”.
Confesso, ainda que, em meu parecer, o conteúdo da notícia não pode deixar de causar alguma estranheza e alerta. Portanto, manda a prudência que mesmo que nos julguemos com alguma razão de queixa devemos pensar duas vezes antes de pedir o Livro de Reclamações, não vá o dono entender que lhe estamos a estragar a imagem, avançar para Tribunal e ao valor da conta que já pagamos termos ainda de somar o valor da indemnização, fixada pelo Juiz, a que acresce a mancha da condenação em juízo.
1 comentário:
Se num restaurante não lhe apresentarem o livro de reclamações, pague a conta e quando chegar a casa, vá ao site da ASAE e apresente queixa.
Fiz isso ainda a ASAE não andava nas bocas do mundo e foram bastante eficaz. Ao fim de uma semana alertaram-me que a queixa tinha sido aceite e que iam proceder a uma inspecção. Mais tarde telefonaram-me a dizer que da inspecção haviam resultado várias coimas.
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