O fim-de-semana que passou levou-me pelo Douro acima e fez-me voltar às paisagens, às vilas e cidades do Nordeste Transmontano. O Douro pintado de tons doirados, agora a viver o frenesim das vindimas, é um encanto que nos surpreende todas as vezes que aí vamos. De Mesão Frio até à Régua, das encostas de Armamar até à margem do rio ou na estrada que nos guia até ao Pinhão, o Douro é arrebatador. Como o é quando nos debruçamos sobre ele na quinta dos Malvêdos, onde John Major passava férias, ao descer de Alijó para o Tua. E que dizer dos barrancos do rio Tua? E da tranquilidade que o Douro transparece do Pocinho até à foz do Sabor? Uma maravilha, sem dúvida. Este é o Douro visto de terra, que pede meças ao Douro que pode ser visto dos barcos que nele passeiam.
Como esse é um requisito de quem viaja, deixo duas referências gastronómicas absolutamente a não perder: o Cepa Torta, em Alijó, e o Flor de Sal, em Mirandela. Por si só, valem bem a viagem. Pena que, em outras paragens, a falta de pessoal qualificado prejudique espaços de restauração já consagrados, com boa cozinha e mesa farta.
A terminar, um lamento pelo trânsito. Em dia de corridas em Vila Real, o regresso pelo IP4 ficou ainda mais complicado, compreendendo-se por que é que as gentes do Nordeste se batem há tanto tempo pela ligação em auto-estrada de Amarante para cima. Como diziam no Alentejo, construam-na porra!
As fotos são do rio Douro, vista do Solar da Rede, em Mesão Frio, para jusante, e da “Torre da Princesa” no castelo de Bragança.
2 comentários:
Também tenho saudades de ir por Trás-os-Montes. Melhor: de ir por lá, em passeio. Que de outras formas já me cansa, pois, como sabes, tenho ido muito nos últimos anos. Vezes a mais.
O meu amigo Alberto já me tinha falado no Flor de Sal. Se ele diz bem e tu dizes bem, pronto, está asegurado: é um bom restaurante.
Por motivos profissionais tenho-me deslocado com muita frequência a Bragança e o que posso dizer é que cada vez gosto mais da beleza Transmontana. É uma paisagem única. Delicio-me sempre na viagem de ida, quer quando vou pela IP4, depois de passar Vila Real, quer quando vou pela Régua. É uma paisagem tranquila, imensa. E o Douro é um rio imponente.
Já quando regresso ao Porto, aí sim, já considero que deveria haver uma auto-estrada a ligar Bragança a Vila Real…
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