19 novembro 2007

Algo Não Bate Certo - 2

Dizem os especialistas que os spreads praticados pela banca vão continuar a subir, o que irá trazer maiores dificuldades às famílias, aumentando o número das deixarão de pagar a respectiva prestação bancária (da casa, do carro, das férias, do computador,…). Entretanto, o Relatório do Banco de Portugal confirma que as famílias portuguesas são as mais endividadas da EU, de tal modo que o rendimento disponível é inferior em 24% ao montante global do endividamento.

Apesar desta situação a banca continua com grandes campanhas para atrair novos clientes, para elevar o volume de endividamento, numa estratégia de dispersão do risco, não contrariada por qualquer entidade pública.

Às cada vez maiores taxas de juro os portugueses têm ainda de suportar uma cada vez maior carga fiscal, com particular destaque para os impostos que incidem sobre o património e a chamada fiscalidade local.

Os empresários portugueses parecem não acreditar muito na previsão Governamental e do Banco de Portugal de 1,8% para o crescimento da economia, sendo que este valor é já afectado pela quebra que se está a verificar nas exportações.

É neste cenário de crise continuada que, segundo o Diário Económico, os grandes investidores portugueses colocam o seu dinheiro nos hedge funds e private equity, investimentos de alto risco, sendo a sua apetência por estes fundos superior à que revelam investidores dos EUA. Inglaterra ou Hong Kong.

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