As últimas semanas têm sido pródigas em notícias do país (mais ou menos) real. Notícias que às vezes nos espantam e outras vezes nos trazem uma realidade desconhecida.
1. A banca lá vai a caminho de apresentar resultados anuais que não param de crescer. Contudo, depois da conturbada novela do BCP, vêm agora a lume revelações e suspeitas sobre o BPN. Coisas que se diziam à boca pequena saltaram para as páginas dos jornais, com consequências imprevisíveis. E a supervisão, espanta-se o português comum, sem acesso a off-shores e à alta finança?
2. O episódio da espantosa conversa telefónica entre o INEM, os bombeiros voluntários de Favaios e Alijó e a VMER de Vila Real deixou os portugueses boquiabertos, mas só quem não conhece verdadeiramente o Portugal profundo. O país dos call center está muito distante da realidade. E o mundo dos bombeiros voluntários, e de todos os negócios que giram à sua volta, é um embuste total. Valeu que a vítima do caso já estaria morta quando ocorreu o longo telefonema.
3. Marinho Pinto assombrou o país (ou a comunicação social?) com as suas declarações. Dizem que ele sempre foi assim e que a sua vitória prenunciava este comportamento. Mas desconfio que as suas declarações, que cavalgam os sentimentos mais primários do país real, contribuem pouco para a investigação e condenação de corruptos e criminosos. Quando a areia é espalhada para o ar…
4. Sócrates resolveu mexer no Governo, substituindo dois ministros e alguns secretários de Estado. Dizem que o primeiro-ministro quis satisfazer a “rua” e a esquerda alegre do PS, sobretudo quando decidiu mudar o ministro da Saúde. Sócrates fez mal, em meu entender. Pese embora alguma sobranceria demonstrada aqui e ali pelo ministro, substituir neste momento Correia de Campos, um dos mais profundos conhecedores do SNS e das políticas de saúde em Portugal, vem dar razão e um ânimo redobrado àqueles que põem em causa a política de saúde do Governo. Que me parece correcta, no essencial.
1. A banca lá vai a caminho de apresentar resultados anuais que não param de crescer. Contudo, depois da conturbada novela do BCP, vêm agora a lume revelações e suspeitas sobre o BPN. Coisas que se diziam à boca pequena saltaram para as páginas dos jornais, com consequências imprevisíveis. E a supervisão, espanta-se o português comum, sem acesso a off-shores e à alta finança?
2. O episódio da espantosa conversa telefónica entre o INEM, os bombeiros voluntários de Favaios e Alijó e a VMER de Vila Real deixou os portugueses boquiabertos, mas só quem não conhece verdadeiramente o Portugal profundo. O país dos call center está muito distante da realidade. E o mundo dos bombeiros voluntários, e de todos os negócios que giram à sua volta, é um embuste total. Valeu que a vítima do caso já estaria morta quando ocorreu o longo telefonema.
3. Marinho Pinto assombrou o país (ou a comunicação social?) com as suas declarações. Dizem que ele sempre foi assim e que a sua vitória prenunciava este comportamento. Mas desconfio que as suas declarações, que cavalgam os sentimentos mais primários do país real, contribuem pouco para a investigação e condenação de corruptos e criminosos. Quando a areia é espalhada para o ar…
4. Sócrates resolveu mexer no Governo, substituindo dois ministros e alguns secretários de Estado. Dizem que o primeiro-ministro quis satisfazer a “rua” e a esquerda alegre do PS, sobretudo quando decidiu mudar o ministro da Saúde. Sócrates fez mal, em meu entender. Pese embora alguma sobranceria demonstrada aqui e ali pelo ministro, substituir neste momento Correia de Campos, um dos mais profundos conhecedores do SNS e das políticas de saúde em Portugal, vem dar razão e um ânimo redobrado àqueles que põem em causa a política de saúde do Governo. Que me parece correcta, no essencial.
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