carta à desaparecida administradora deste blog, madame Kamikaze de seu nome, mulher das arábias (algarve incluído), editora, animadora cultural e tudo o mais
Cara administradora,
Serve esta para lhe comunicar o nascimento de mais um blog (mais outro!) prontinho a fazer-nos uma concorrencia danada, falta de vergonha!, e com uma tripulação de respeito. cito só as do deu sexo, que chegam para acrescentar ao gentil rol das padeirinhas de aljubarrota, deu-la-deus martins e similares: diana andringa, manuela cruzeiro e irene pimentel!!! Livra!
Aproveitei, para em nome da tripulação incursionista, lhes dar as boas vindas a este mundo degenerado sem rei nem roque.
E já agora avisar as/os leitoras/es: A concorrencia é boa neste nosso ramo. Eis o poiso dos recém-chegados: caminhosdamemoria.wordpress.com
15 junho 2008
o caminho faz-se caminhando
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16 comentários:
"é um blogue que pretende dar voz a diferentes formas de lembrar, de evocar e de interpretar o passado, recorrendo a leituras contemporâneas da história e da memória."
Auspicioso como desígnio, algo frustrante quanto aos nomes.
Nenhum deles se diferencia, na forma de lembrar: sempre contra o passado que afinal os formou, no modo de ensinar que era outro.
Nada vêem de positivo nesse passado. Apenas sombras de um fascismo, de uma repressão política e de uma catalogação mental que execram.
Não é possível, assim, reter do passado algo de positivo.
A dificuldade de observação, parece-me evidente, se não houver desprendimento ideológico. E neste caso, não me parece que haja.
Mas é sempre bom esperar algo que provavelmente não virá.
Primeiro ver.
Depois criticar.
eis dois bons princípios que V. (que é um bom leitor) se esqueceu de observar. Do trabalho de vários dos intervenientes só tenho a dizer bem. Porque os li, porque os estudei e porque os discuti.
alguma vez errarão, claro, mas antecipar catástrofes parece-me ser ainda mais pessimista do que eu... que ainda por cima vivi muito do passado que estes autores exploram. E quando digo vivi, pode ter sa certeza que o vivi e que não gostei. não foi bom, não trouxe progresso ao país e tão pouco felicidade aos portugueses. Ou será que V tem dúvidas a esse respeito?
Veremos, como diria o cego. Que não de nascença e por isso, com esperança na cura.
Sou muito céptico relativamente a um discurso habitual de condescendência parcial.
Condescendência para com a Esquerda das ditaduras do proletariado e da repressão anti-burguesa. Condescendência demasiado explícita, durante os anos de chumbo que nós também vivemos, com um predomínio de simpatia para com essa banda e um execsso de vitupério para com a outra.
Porque há outra que merece pelo menos tanta condescendência quanto a primeira.
Logo que vir o primeiro sinal, darei vivas.
Não porque me agrade esta banda de um lado, por oposição a outro. Mas apenas porque para lembrar, é preciso reviver.
E como é possível reviver, o que nunca terá sido vivido?
Quer dizer, o salazarismo/caetanismo, tal como o comunismo, teve aspectos positivos.
Assim que ler um discurso estereofónico, saberei reconhecer a verdadeira objectividade e darei valor.
Por enquanto, ainda vamos no tempo das 78 rpm e em mono acelerado.
Há uma figura emblemática desta linha de sensatez politicamente corrigida: José Carlos Vasconcelos, uma dos mais inlfuentes jornalistas do séc. XX português.
Anda agora na Visão, a editorializar. Sempre no mesmo sentido que não admite reviver o passado senão, pela bitola do credo.
Não pode ser assim. Relendo O Jornal dos anos setenta e ainda o Sete e a Visão que começou depois de aquele acabar, encontro sempre o mesmo grupo de notáveis que poderiam simbolizar-se numa amálgama de MES, Pintassilgo, Eanes e Salgado Zenha. Porventura, Alegre.
Um grupo de bem pensantes que moldou e formou mentalidades, em Portugal, aos milhares. Centenas, talvez milhões.
Honra ao mérito, mas não aplaudo com ambas as mãos, porque falta muitas cores no caleidoscópio.
É verdade que o papel caberia a outros. Mas o problema é que predomínio da pensée unique, nesse lado, capou veleidades a quem se atrevesse a pensar diferente e de modo mais sincrético, onde se incluísse a divergência do passado.
A divisão ideológica, em Portugal, continua a fazer-se de um modo singular.
A Esquerda não tem património de realizações práticas, sobrando-lhe ideologia a rodos.
Outros que não se reclamam desse lado, não têm ideologia, mas têm património de organização e métodos.
Andamos nisto, há decénios.
comecemos pela amálgama.
Não é bom juntar MES, Eanes, Pintadilgo et alia. As coisas, V. sabe-o, não ocorreram assim.
continuemos: se houve adversário aguerrido - e que pagou com a vida - do bolchevismo stalinista foi a outra esquerda. não foi, pasme-se, a direita. foi a esquerda. morreram aos milhares, vítimas de sucessivos expurgos, de perseguições inomináveis. A história da esquerda é uma tragédia. Portanto, faça o favor de me poupar quanto á condescendência. nunca houve condescendência no debate ideológico entre as fracções de esquerda, Está na história, vem em todos os livros.
JC Vasconcelos representa-se a ele próprio. Nunca foi do PC, nunca esteve no MES ou perto, foi eanista obviamente mas duvido que alguma vez tenha simpatizado com Zenha.
Mal seria que o longo consulado de Salazar fosse todo um desastre. em termos globais foi mas no meio obviamente que se fizeram coisas. Muitas. Basta ler "os anos de Salazar" para ver a diferença entre ele e a República, velha ou nova, dá o mesmo. É uma boa leitura. V. admirar-se-ia com a equipa de redacção. E com o que eles escrevem. E provavelmente acharia que ser de esquerda não significa ser parcial.
Tenho pena que não tenha vivido como adulto os anos de chumbo. Não por que lhe queira mal mas apenas paorque me parece que V não consegue perceber o que aquilo represesentava de violação de consciencias, de denegação da liberdade, de pensamento (?) único. um sufoco!!!
Mantenho o que disse: vamos lá a ver como este grupo de historiadores se sai. A bola está no lado deles.
Esta conversa, tem demasiadas pontas para se lhe pegar.
Aqui fica uma, transcrita de um blog, onde se vai discutir um pouco isto.
Em 10 de Fevereiro de 1969, numa das suas conversas em Família, Marcelo Caetano, dizia:
«Andam hoje outra vez muito em voga os termos "direita" e "esquerda" para significar posições políticas em relação às quais se procura situar o governo. Trata-se de palavras de sentido muito equívoco. Todavia, se a essência da "esquerda" está no movimento, se o espírito da "esquerda" é o da reforma social, não me esquivo à qualificação que dessa tendência possa resultar. Mas na medida em que a "direita" signifique a manutenção da autoridade do Poder para permitir a normalidade da vida dos indivíduos, o respeito das esferas da legítima actividade de cada um e o funcionamento das instituições que asseguram a ordem - então, e sobretudo nos tempos que correm, creio que nenhum governo, em qualquer regime que seja, pode deixar de ser dessa "direita". A luta contra a subversão que lavra com intensidade pelo Mundo, obriga por vezes a medidas que despertam os protestos daqueles que, consciente ou inconscientemente, fazem o jogo revolucionário, mas que traduzem a defesa natural de uma sociedade não disposta a perecer às mãos dos seus inimigos.»
Agora, pegar nestas ideias e elaborar um pouco, dá a medida do que pretendo dizer.
Eu sei que simplificar demasiado, dá erro de análise.
Contudo, talvez seja preciso encontrar lugares comuns de convivência com as ideias.
A Esquerda tinha e tem esses lugares comuns.
É desses lugares que falo, onde se reuniam os convivas, ainda que pertencendo a grupos distintos.
Quanto à minha (não) vivência dos anos de chumbo, é verdade que não senti na pele o efeito dele a derreter, mas ainda cheguei a cheirá-lo e não gostei nada.
Preferiria viver num país em que a "Direita", mandava, como era o caso da França, onde se podia dizer quase tudo, escrever quase tudo e discutir ideias adversas em público.
E julgo que teria andado nas barricadas...
está a ver?
era para deixar só aquela pergunta retórica mas de facto V merece mais: o regime português do Estado Novo (e só falo de cinquenta e tal para cá, que o antes foi pior no que toca ás liberdades e à informação) que conheci era sobretudo um beco. estávamos longe de tudo, não só da França mas também das sociais democracias escandinavas.
E foi no território destas últimas onde os "pc" perderam a guerra da opinião pública. Afinal era possível fazer justiça social de mistura com autenticas liberdades públicas. Mais do que em França onde o peso das 200 famílias e a direita conservadora detinham apesar de tudo um grande poder. Os pc dos países europeus ocidentais tinham ainda a seu favor uma insofismável situação: tinham sido as vítimas maiores (depois de 40/41) da repressão dos ocupantes (judeus exceptuados). Eram o partido dos fusilados. O partido da resistência armada, o partido que conseguira mobilizar os intelectuais etc... etc...
em Portugal, o pc foi a única organização de resistencia depois de no fim dos anos 30 ter rebentado a CGT. O resto eram reviralhistas isolados, oposicrática (como digo por brincadeira). gente corajosa, esforçada mas só, tragicamente só. O PC não: conseguia à custa de sacrifícios inomináveis, de uma disciplina bolchevique, de teimosia e de algum (não pouco) oportunismo estar em todas as lutas, criar as condições de boa parte delas, cavalgar as expontâneas (tanta greve!...) e apresentar á opinião pública uma face forte ideologicamente coesa, uma organização. É isto que lhe deu o fôlego para continuar a ser uma força durante todo o fim do século. E mesmo hoje.
Mas tenha a certeza de uma coisa: o PC nunca conseguiu hegemonizar totalmente a inteligentsia portuguesa. Nem nos anos 40! E aí está o Eduardo Lourenço para o provar. nos 50 aparecem os surrealistas e permanece o Virgílio Ferreira, por exemplo. E por aí fora. A este propósito basta ler a "seara nova" e as polémicas que lá se adivinham.
Depois, e finalmente, foi o regime de Salazar que a partir de certa altura começou a amalgamar: qualquer espirro oposicionista era comunista. Isto não é dar um passaporte, é tentar esmagar, entendamo-nos.
Mas a razão porque estávamos longe de tudo ( e não é inteiramente verdade, porque as pessoas que queiram saber tudo, sabiam), residia naquela concepção estreita de poder e ideologia que Marcelo Caetano proclamava.
No mesmo blog em que retirei a transcrição, vem outra de Salazar sobre precisamente Marcelo Caetano. Assim:
«- Marcelo Caetano é um belo espírito, tem grandes faculdades de trabalho, é muito culto e sabedor; mas não é flexível, não suporta a contradição mesmo em privado, não aguenta uma ideia oposta, e perde facilmente o moral, apossando-se de pânico e tendo então a tendência para seguir a corrente geral.»
Nesta discussão, o ponto de discórdia, reside num aspecto:
No contexto que no meu entender, deve conceder-se ao regime do Estado Novo, comparativamente à condescendência dada aos comunistas dos PC`s.
Sendo ideologias opostas, aproximam-se muito nos métodos e nos paradigmas morais ( é por isso que ainda respeito o comunismo, aliás).
No entanto, a minha luta de sempre, tem a ver com o permanente convívio de compagnon de route que todos os movimentos ditos de esquerda e que se proclamaram como tal ( os tais que indiquei na amálgama), mantiveram com os PC`s sem nunca denunciar a ideologia, do mesmo modo que o fazem relativamente à do Estado Novo.
Se Portugal era um beco nos anos cinquenta, que dizer da URSS e países do bloco de leste, modelos de democracia dos PC´s de todo o mundo?
Em França a denúncia desses becos, era livre e convencia muitos intelectuais.
Por cá, esses mesmos intelectuais que tinham acesso às ideias de França, desvalorizavam e mantinham um conúbio ideológico com a Esquerda dos amanhãs a cantar.
E no entanto, era nesses países que a repressão política, ideológica, religiosa, prática, era mais feroz, mais violenta, mais eficaz. Aquilo que o PCP dedendia como modelo para cá, apoiado tacitamente pelos compagnons de route, era simplesmente um horror. Muito pior do que aquele que por cá combatiam.
Em todo este meu discurso, há uma ideia básica que é esta:
Os PC´s, particularmente o português, não têm qualquer legitimidade em atacar o Estado Novo, vituperando-lhe a falta de democracia, a repressão política, a censura e o estado de vida concentracionária, porque o modelo que defendiam como alternativa, era mil vezes pior.
É uma ideia simples e que os compagnons de route se recusam terminantemente a enunciar e proclamar como válida.
Arranjam sempre uma condescendência e é essa mesmo que aqui venho denunciar.
Por outro lado, há outra pecha que aponto aos compagnons de route:
O comunismo baseia-se no marxismo-leninismo.
Os compagnons, vão à mesma fonte, depurando as águas.
Não vão à fonte de Bernstein ( ideólogo social-democrata) ou até à personalista. Vão mesmo à inquinada e que originou a catástrofe do leste durante mais de 80 anos.
Portanto, não têm escapatória, porque não são social-democratas e também não se querem comunistas ortodoxos.
Assim, como conseguem sobreviver à contradição?
Fácil: não aplicando os princípios ideológicos em que acredita(r)am e sobrevivendo no dia a dia das concessões ao inimigo capitalista.
É vida ideológica, para alguém que se preze, isto?
Ou seja: que adianta proclamar interiormente princípios que nunca podem pôr em prática e ao mesmo tempo, afirmar-se o que não se pode ser?
Pode alguém ser quem não é? -Perguntava o Sérgio Godinho em canção...
Caro José, não posso deixar de lhe dizer isto: não lhe parece que essa parcialidade de que acusa os outros existe também em si mas em sentido contrário?
E isso é o mais natural. Dificilmente nós os humanos conseguimos funcionar de forma diferente.
Alguns têm a humildade para o reconhecer e a sabedoria para tentar compreender ideias diferentes das suas, mesmo que não concordem com elas. Admiro essas pessoas, apesar de conhecer muito poucas e também não conseguir estar incluída nesse grupo.
A minha parcialidade, nesse caso, é apenas um factor de equilíbrio.
Se fosse parcial do mesmo modo que reconhece haver quem o é, no ponto que indico, então, ainda havia maior desequilíbrio.
Para chegar a um ponto de confluência, no entanto, seria preciso que cada um reconhecesse essa parcialidade.
O que está longe de acontecer...
Aliás, assim que isso suceder, entraremos então na verdadeuira discussão que é aquela em que não se anatematizam à partida, certas ideias.
E vejo que o Primo de Amarante, anda por aí.
Um abraço, então.
Deixemos Caetano em paz. foi um político medíocre
Os compagnons de route caracterizavam-se justamente por não ser marxistas leninistas nem sequer muitas vezes marxistas. caro José!
Onde é que foi buscar essa ideia estapafúrdia de serem m-l os chamados aliados ocasionais?
Os compagnons de route recrutavam-se entre os católicos, os democratas liberais, alguns conservadores até (imagine!) como os restos do nacional sindicalismo que por alturas dos fins de 40 se aliaram às candidaturas oposicionistas.
E continuo a não perceber essa sua afirmação de que "quem queria saber o que se passava" conseguias. Francamente, José! não estamos a falar de meia dúzia de intelectuais mas de uma maioria das pessoas, de cidadãos que não sabiam, não tinham meios de saber, nem sequer possibilidades. volto a aconselhá-lo a ler essa excelente publicação que é "Os Anos de Salazar"
E a outra ainda mais extraordinária do PC não ter legitimidade para combater o Estado Novo? então quem tinha?
Dois pontos de dissensão.
O primeiro, em relação aos "compagnos de route", tem a ver com a semântica. Para mim, compangons de route, foram aqueles que no dizer cantado de Georges Moustaki, font la route ensemble.
"Je suis toi, je suis moi, je suis qui me ressemble
Et je ressemble à ceux qui font la route ensemble
Pour chercher quelque chose et pour changer la vie
Plutôt que de mourir d’un rêve inassouvi
Avec eux je m’en vais partout où le vent souffle
Partout où c’est la fête et partout où l’on souffre
Mais lorsque je m’endors au creux des herbes hautes
Je me retrouve seul et je me sens un autre".
É nessa ideia de empatia enfática que recolho a noção de "compagnon de route".
Nessa perspectiva, são-no todos aqueles que simpatizaram com a causa, ou pelo menos não a hostilizaram do modo que a mesma merecia, comparando os valores essenciais da liberdade e até da solidariedade que não é um exclusivo da Esquerda clássica.
Outro ponto, é o de "quem queria saber, sabia". Para mim, isto é verdade e tanto é assim que a maior parte dos opositores ao regime, sabiam o que queriam porque se educaram ideologicamente, sem problemas de maior.
Sendo verdade que a populaça em geral não tinha acesso a certos bens culturais ideologicamente marcados, como livros ( a proibição abrangia livros explícita e politicamente comprometidos com o comunismo), revistas ( só a Playboy e outras que tais) e filmes ( só os de produção soviética propagandística, ou de sexo semi-explícito, como o Último Tango do comunista Bertolucci, porque até o Z de Costa Gravas se conseguia ver, antes de 25 de Abril).
Assim, não sendo possível ler o tratado de economia marxista do trotskista Mandel, quem quisesse mandava vir de França, da colecção 10/18, se é que não o conseguia mesmo por cá. Em relação a outros, são poucos os livros realmente proibidos e uma lista foi publicada num livro de recolha.
Música também era um pouco assim.
Je t´aime; moi non plus, de Serge Gainsbourg e Jane Birkin, podia comprar-se em single, mas não se ouvia no rádio. Mas em Inglaterra também não. E na Itália idem.
Estou a falar do período marcelista, mas se recuarmos ao Salazar, temos que perceber o contexto cultural e de costumes, na Europa de então, e percebemos que também havia censura. Não política, mas de costumes.
A minha tese,é: quem queria saber o que era o comunismo e ler as obras comunistas, lia. Não as comprava nas livrarias, pelo menos às claras, mas lia.
É ou não verdade?
Falta a da legitimidade comunista contra o Estado Novo.
Mas claro que têm legitimidade. Uma certa legitimidade, mas não é esse o ponto.
A questão, foi assim escrita:
"Os PC´s, particularmente o português, não têm qualquer legitimidade em atacar o Estado Novo, vituperando-lhe a falta de democracia, a repressão política, a censura e o estado de vida concentracionária, porque o modelo que defendiam como alternativa, era mil vezes pior."
Ou seja, se um partido político ataca o regime do Estado Novo, apontando-lhe o facto de ser um regime represssivo das liberdades, a legitimidade moral para esse ataque, apenas virá da circunstância de defender um regime que respeite essas liberdades.
Ora não é esse o caso do PCP. O regime comunista, não respeitas as liberdades individuais nem as colectivas de associação, de expressão e de reunião.
E não respeita de modo mais rígido, intransigente e violento do que o Estado Novo jamais o fez.
É só isto. QUe é muito e ninguém diz abertamentem, preferindo fazer coro, no combate ao regime repressivo do Estado Novo e esquecendo a alternativa, mil vezes pior.
Dái a tal falta de legitimidade moral.
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