A profundidade e permanência da crise no mercado imobiliário provocaram mais uma vítima. O quarto maior banco dos EUA declarou falência. A consequência imediata foi a queda generalizada nas principais bolsas.
Durante dias procuram uma solução para o Lehman Brothers. Todas as negociações tiveram como resultado o insucesso. Desta vez o governo americano mostrou-se indisponível para salvar o banco. Mesmo para o país mais rico do globo começa a ser esforço financeiro a mais.
O sítio do Diário Económico de hoje vai dando registo da evolução do drama:
18:31• Quatro companhias do grupo na Europa tentam reorganizar-se para escapar à falência
18:10 • Lehman discute venda da sua unidade de investimento
16:05 • FMI espera mais perdas resultantes da crise do crédito
13:35 • Fed pode cortar juros com falência do Lehman já amanhã
13:03 • Falência do Lehman e a maior de sempre nos Estados Unidos
07:40 • Fed anuncia medidas para ajudar sistema financeiro
00:05 • Lehman sem soluções
De tudo quanto fui lendo sobre esta matéria, todos se centram nos factos e no futuro. Mesmo o nosso Ministro da Finanças mostra-se surpreendido com a permanência da crise financeira, que parece ter caído do céu.
Como se chegou até aqui? Mais uma vez se deveria dar a palavra aos defensores do liberalismo económico, para nos explicarem onde é que os mecanismos de regulação e supervisão falharam.
O Prémio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, no Diário Económico, de 15 de Abril, registava que "Os EUA tiveram, pela primeira vez desde a Guerra da Independência, há cerca de 200 anos, de pedir apoio financeiro ao estrangeiro porque os níveis de poupança das famílias norte-americanas são próximos de zero. A dívida pública aumentou 50% em oito anos, sendo que 1 bilião se deve ao esforço de guerra – valor que deverá mais do que duplicar na próxima década".
No mesmo artigo Stiglitz concluía "Ninguém acreditaria que uma administração pudesse causar tantos danos em tão pouco tempo. Os EUA e o mundo vão ter de pagar a factura durante muitos e longos anos."
No último dia 12, ainda, Stiglitz escrevia “Mesmo o maior e mais rico país do mundo tem recursos limitados. A guerra do Iraque tem sido financiada inteiramente com recurso a créditos. Aliás, em parte por causa disso, a dívida nacional dos EUA aumentou dois terços em apenas oito anos. Mas não é tudo: o défice relativo a 2009 está calculado em mais de meio bilião de dólares, excluindo os custos do socorro financeiro a instituições e o segundo pacote de estímulo económico que quase todos os economistas agora dizem ser urgente.”
Cá estaremos todos para pagar os desvarios de uma administração e de alguns líderes europeus (a famosa cimeira) que lhe deram cobertura política.
Durante dias procuram uma solução para o Lehman Brothers. Todas as negociações tiveram como resultado o insucesso. Desta vez o governo americano mostrou-se indisponível para salvar o banco. Mesmo para o país mais rico do globo começa a ser esforço financeiro a mais.
O sítio do Diário Económico de hoje vai dando registo da evolução do drama:
18:31• Quatro companhias do grupo na Europa tentam reorganizar-se para escapar à falência
18:10 • Lehman discute venda da sua unidade de investimento
16:05 • FMI espera mais perdas resultantes da crise do crédito
13:35 • Fed pode cortar juros com falência do Lehman já amanhã
13:03 • Falência do Lehman e a maior de sempre nos Estados Unidos
07:40 • Fed anuncia medidas para ajudar sistema financeiro
00:05 • Lehman sem soluções
De tudo quanto fui lendo sobre esta matéria, todos se centram nos factos e no futuro. Mesmo o nosso Ministro da Finanças mostra-se surpreendido com a permanência da crise financeira, que parece ter caído do céu.
Como se chegou até aqui? Mais uma vez se deveria dar a palavra aos defensores do liberalismo económico, para nos explicarem onde é que os mecanismos de regulação e supervisão falharam.
O Prémio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, no Diário Económico, de 15 de Abril, registava que "Os EUA tiveram, pela primeira vez desde a Guerra da Independência, há cerca de 200 anos, de pedir apoio financeiro ao estrangeiro porque os níveis de poupança das famílias norte-americanas são próximos de zero. A dívida pública aumentou 50% em oito anos, sendo que 1 bilião se deve ao esforço de guerra – valor que deverá mais do que duplicar na próxima década".
No mesmo artigo Stiglitz concluía "Ninguém acreditaria que uma administração pudesse causar tantos danos em tão pouco tempo. Os EUA e o mundo vão ter de pagar a factura durante muitos e longos anos."
No último dia 12, ainda, Stiglitz escrevia “Mesmo o maior e mais rico país do mundo tem recursos limitados. A guerra do Iraque tem sido financiada inteiramente com recurso a créditos. Aliás, em parte por causa disso, a dívida nacional dos EUA aumentou dois terços em apenas oito anos. Mas não é tudo: o défice relativo a 2009 está calculado em mais de meio bilião de dólares, excluindo os custos do socorro financeiro a instituições e o segundo pacote de estímulo económico que quase todos os economistas agora dizem ser urgente.”
Cá estaremos todos para pagar os desvarios de uma administração e de alguns líderes europeus (a famosa cimeira) que lhe deram cobertura política.
1 comentário:
E agora estás prestes a falir a seguradora AIG!
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