Quando a crise se tornou evidente para todos, os governos mexeram-se imediatamente para salvar a banca com medidas concretas e não ouvi falar de “análise de risco”.
Quando se tornou evidente que a economia chamada real não estava a ser apoiada pela banca começou-se a avançar com acções concretas mas que, em Portugal, passavam também pela banca como intermediário e o único critério conhecido foi a “análise do risco”.
Agora que se tornou evidente que a banca continua a fazer o papel que sempre fez, que é tratar exclusivamente dos seus interesses, eis que começa a verificar-se quer nos Estados Unidos quer na Europa uma mudança de discurso a visar a economia real.
De uma coisa estou certa, não é com discursos nem do primeiro-ministro nem do ministro das finanças que a banca vai começar a actuar de forma diferente. Daí a questão: porque não apoiar directamente as empresas? Ou, numa outra hipótese, porque não através da CGD? Porque foram escolhidos o BPI e o BCP para servirem de intermediários entre o dinheiro dos contribuintes e as empresas?
Gostava muito de ter respostas para estas questões.
17 dezembro 2008
A mudança de foco
Marcadores: economia/finanças, O meu olhar
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