Por muito estranho que pareça, segundo um estudo europeu, os portugueses são os cidadãos da União mais preocupados com o terrorismo. Na mesma linha, também são os portugueses os mais preocupados com o controlo das fronteiras. Há dias a comunicação social relatava que os portugueses são o povo de União Europeia com maior sentimento de insegurança e os que mais temem sair à noite.
O que a realidade mostra é que Portugal não é, propriamente, um alvo prioritário para os terroristas. O controlo das fronteiras não é, de facto, um problema em Portugal. Por fim, Portugal é, reconhecidamente, dos países mais seguros da União Europeia.
Então, quais os porquês da discrepância entre a realidade do país e aquilo que os portugueses verdadeiramente sentem?
Um outro estudo concluía que o português é o cidadão da União que mais televisão vê, 4 horas média/dia. O mesmo estudo mostrava que é em Portugal que os noticiários ou telejornais são mais longos.
1 comentário:
Tornamo-nos num povo cheio de medo: medo do terrorismo, dos ladrões, da neve, do calor do frio, da gripe… E, no entanto, vivemos num clima tépido, com apoio na saúde, com segurança, sem epidemias.
Hoje falava com uma médica de um Centro de Saúde que me referiu a quantidade excessiva de pessoas que tem consultado. É a gripe? Perguntei eu. Não, são sobretudo as constipações!
As pessoas andam assustadas. E porquê? Deve haver muitos e bons motivos mas seguramente há dois que têm dado um contributo considerável para piorar a situação: os meios de comunicação social e o estado da justiça. Os primeiros fazem de tudo, rigorosamente de tudo, um caso para alarme. Os segundos continuam no seu caminhar lento, quase trôpego, dando uma imagem de ineficácia e inoperância.
De qualquer modo, andamos assustados sem causas consistentes. O que me preocupa é como ficaremos quando tivermos verdadeiramente razões para tal.
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