18 janeiro 2009

Estes dias que passam 136

O dr. Paulo Portas descobriu mais uma vez a pólvora: o partido sai reforçado apesar das evidencias em contrario. A solidão do líder é um facto e os 87% que embolsa lembram as votações dos antigos países de leste e dos seus partidos irmãos, o português incluído, não o esqueçamos.
Tonitruou, pois, uma verdade que, queira ele ou não, não é mais verdade do que uma piedosa mentira.
Declarou que não se alia à esquerda nem à direita mas quem é que não diria o mesmo nas actuais circunstâncias? Estas declarações são o pão nosso de cada dia dos responsáveis políticos pelo que não devemos dramatizar nem tomá-las demasiado a sério.
Claro que os observadores dos outros partidos disseram exactamente o que se esperava deles e nem sempre foram felizes. O PSD diz que já fez propostas idênticas. Claro! E para dizer isto convocaram o dr. Aguiar Branco que, finalmente se mostra tão verboso e inconsequente quanto se esperava.
O P.S., pela voz do dr. Vitalino Canas, sempre esse homem extraordinário e providencial, acha que na “situação actual”, que é difícil (descoberta admirável!), falar de eleições é pecado mortal. Francamente, dr. Canas: Vª Senhoria acha que os seus colegas e amigos de partido e governo andam a falar de outra coisa? Que pensam outra coisa? Que temem outra coisa?
A menos que, como o chefe da aldeia gaulesa de Asterix só se receiem que o céu lhes cai sobre a cabeça (o que, de qualquer modo, não ocorrerá amanhã...)

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