A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) está a realizar, em Fátima, o seu IV Congresso Nacional. A CNIS, segundo o Público de ontem, é formada por cerca de 2.600 entidades de solidariedade, emprega 200 mil pessoas e representa 4,3% do PIB.
A expressão dos números mostra que a CNIS é uma potente força social, com grande poder económico e um apetitoso campo para o exercício da influência política.
A liderança da CNIS é disputada por dois Padres, que encabeçam as respectivas listas directivas. De um lado, o Padre Lino Maia, do Porto, que assume a continuidade. Do outro, o Padre Carlos Gonçalves, de Sintra, que pretende que a CNIS actue mais “como serviço e não como um poder” e qualifica a direcção do Padre Maia de “entidade extraterrestre”.
O Congresso da CNIS foi aberto pelo Presidente da República e parece que só por isso é que teve alguma referência na comunicação social, apesar de envolver muita gente, forte representação do poder civil e religioso e outros significativos meios. Ou seja, este Congresso terá mais impacto, directo e indirecto, sobre a vida de centenas de milhar de pessoas do que outros que se realizaram recentemente e que tiveram honras de abertura dos noticiários, hora a hora.
Não fosse Cavaco Silva ter aproveitado aquela plateia, muito especial, para falar na Lei do Divórcio e, certamente, o Congresso passaria mais ou menos desapercebido. Confesso o meu espanto pela relação que o Presidente estabeleceu entre a nova Lei do Divórcio e o incremento de novos pobres. A lei do divórcio pode não ser uma grande e ponderada lei. Pode não ser a reforma mais urgente que o país estava à espera, mas daí a responsabilizar aquela lei pelo incremento de novos pobres, parece-me um exagero, que nem a especificidade da plateia consegue justificar.
A expressão dos números mostra que a CNIS é uma potente força social, com grande poder económico e um apetitoso campo para o exercício da influência política.
A liderança da CNIS é disputada por dois Padres, que encabeçam as respectivas listas directivas. De um lado, o Padre Lino Maia, do Porto, que assume a continuidade. Do outro, o Padre Carlos Gonçalves, de Sintra, que pretende que a CNIS actue mais “como serviço e não como um poder” e qualifica a direcção do Padre Maia de “entidade extraterrestre”.
O Congresso da CNIS foi aberto pelo Presidente da República e parece que só por isso é que teve alguma referência na comunicação social, apesar de envolver muita gente, forte representação do poder civil e religioso e outros significativos meios. Ou seja, este Congresso terá mais impacto, directo e indirecto, sobre a vida de centenas de milhar de pessoas do que outros que se realizaram recentemente e que tiveram honras de abertura dos noticiários, hora a hora.
Não fosse Cavaco Silva ter aproveitado aquela plateia, muito especial, para falar na Lei do Divórcio e, certamente, o Congresso passaria mais ou menos desapercebido. Confesso o meu espanto pela relação que o Presidente estabeleceu entre a nova Lei do Divórcio e o incremento de novos pobres. A lei do divórcio pode não ser uma grande e ponderada lei. Pode não ser a reforma mais urgente que o país estava à espera, mas daí a responsabilizar aquela lei pelo incremento de novos pobres, parece-me um exagero, que nem a especificidade da plateia consegue justificar.
2 comentários:
Concordo consigo, JSC. Cavaco mistura alhos com bugalhos. E vemos também que até em instituições como a CNIS há lutas abertas pelo poder.
Curioso é verificar que alguém ainda seja tão ingénuo ao ponto d epensar que a própria caridade é neutral...
Ou que o PR seja o chefe dos neutrais.
Ou que se acredite que o PR vive fora dum blog partidário...
Ilusões!
Meras ilusões!
MFerrer
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