26 janeiro 2009

O Porto ainda mexe

Em tempo de crise, económica, social e motivacional, tem-se dito e redito que o Porto está submerso e enredado nas suas próprias debilidades. Abundam os exemplos nesse sentido, seja a nível político ou empresarial. Apesar disso, o Porto tem nas suas raízes mais fundas as forças que permitem acreditar que é possível recuperar deste estádio. O desporto dá-nos um excelente exemplo.
A cidade que que vibra com o seu FC Porto, à excepção, claro está, do senhor presidente da Câmara, tem assistido com mágua ao definhar do Boavista. Em contraponto, viveu ontem um momento de fervor digno de registo, que orgulha os que gostam do Porto e das suas gentes. Um jogo do campeonato da 2ª divisão distrital, o último escalão de competição oficial, entre o Ramaldense e o renascido Salgueiros juntou cinco mil (!) portuenses no Estádio do Bessa, mais do que grande parte dos jogos da primeira liga profissional. Venceu o Salgueiros, mas verdadeiramente quem venceu foi a cidade, que mostrou estar viva e acreditar nas suas mais genuínas instituições. Haja quem perceba isto.

4 comentários:

M.C.R. disse...

Ó JCP: tudo isso a propósito de um jogo de futebol? Por muito respeito que eventualmente mereçam o Ramaldense e o Salgueiros parece-me que V faz da árvore floresta. E cinco mil pessoas são assim tantas numa cidade que tem cerca de 250.000 residentes?

jcp (José Carlos Pereira) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
jcp (José Carlos Pereira) disse...

Caro MCR, cinco mil pessoas num jogo da segunda divisão distrital, que junta dois clubes "históricos" da cidade, é muita gente. E é um sinal de que as pessoas estão lá, prontas a seguir as bandeiras da cidade. O que é preciso é percebê-las e ganhá-las para as causas da cidade.

M.C.R. disse...

Meu Caríssimo JCP
Essas pessoas são movidas por uma paixão de que não comungo mas que compreendo. não me parece que seja lícito extrapolar para outras situações.
de resto, não são as populações que morrem ou esmorecem. São as cidades por falta de projecto político e social. E, já que estamos com a mão na massa, V. consegue descortinar no PSD ou no PS algum projecto para a cidade?